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PROJETO NURC-RJ

DIÁLOGOS ENTRE INFORMANTE E DOCUMENTADOR (DID):

Tema: "Corpo Humano"
Inquérito 0009
Locutor 0012 - Sexo masculino, 40 anos de idade, pais não-cariocas, professor de educação física. Zona residencial: Suburbana
Data do registro: 03 de novembro de 1971
Duração: 43 minutos


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DOC. - (inint.) como se chama o suporte da, do corpo humano. A parte interna.
LOC. -  Bom, os órgãos?
DOC. -  Não, o suporte do que agüenta, não é, as carnes (inint./sup.)
LOC. -  (sup.) Bom, a coluna vertebral é que nos sustenta e que dá a forma correta do corpo. Essa coluna é muito sofrida no, no, no, da, da infância para a adolescência, devido ao peso que nós carregamos, quando geralmente vamos com pastas pesadas à escola.
DOC. -  Como é que se chama o conjunto desses ossos (inint.)
LOC. -  Esqueleto?
DOC. -  Eh, você pode dar só a estrutura elementar do esqueleto?
LOC. -  Posso. Ele é dividido com uma coluna principal, daí nós temos as costelas, temos os dois braços, temos as duas pernas, temos o quadril, e essa é a forma geral do, do esqueleto. Eh, logicamente, me falta à cabe,ca todos os músculos. Se eu pensar, eu vou demorar a entrevista, posso ir dizendo.
DOC. -  Escute, há uma ... Seria possível assim uma, uma partição mais, mais elementar do, do, do esqueleto?
LOC. -  Cabeça, tronco e membros, faltou eu dizer cabeça ainda agora.
DOC. -  Qual é a estrutura assim elementar da cabeça?
LOC. -  Cabeça, nós temos o crânio e os ossos da face.
DOC. -  Sei ... O senhor poderia descrever melhor?
LOC. -  Isso eu dei na, no jardim de infância, não dá, não. Eu me lembro de algumas, eh, mandíbula, inferior e superior, occipital, facial, não me lembro (inint.) de outras.
DOC. -  A parte externa, aqui assim, a parte (inint.) vamos chamar essa parte de fora do crânio.
LOC. -  O crânio? O, o, mas o que é que vocês querem saber em relação a isso? (sup.)
DOC. -  (sup.) Eu quero saber a (inint./sup.) do crânio.
LOC. -  (sup.) Mas externamente?
DOC. -  É.
LOC. -  Eh, nós temos o pele, eh, o, o couro cabeludo, que sustenta os cabelos, os cabelos que nós sabemos que eles possuem uma base aonde existe um, um sulco, um sulco, eh, que dá vida ao cabelo e na ausência e no término disto, por, por questões glandulares, eh, há uma secagem de cabelos e por conseguinte o sujeito passa a ser careca.
DOC. -  Isso tudo tem um nome específico?
LOC. -  Olha, eh, parece que é bulbo, bulbo capilar.
DOC. -  O senhor se preocupa com o seu cabelo (inint./sup.)
LOC. -  (sup.) Me preocupo. Eu me preocupo (sup.)
DOC. -  (sup./inint.) se preocupa com o quê?
LOC. -  Eu me, me preocupo com a forma de pentear o cabelo, eu me preocupo com a limpeza, higiene do cabelo.
DOC. -  Como é que o senhor faz? (sup.)
LOC. -  (sup.) Bom, eu (inint.) eu, eu lavo a cabeça duas vezes ao dia, quando eu tomo banho, pela manhã e à noite, obrigatoriamente, fora as oportunidades que tenho, sendo professor de educação física, ao ministrar uma aula, suar e, logicamente, eu botar novamente a roupa, ter que tomar banho. Usualmente, quando eu acordo e à noite, lavo a cabeça. Agora, eu trato meu cabelo, não ... Por ter a grande chance de ser diretor desta escola aqui, aonde eu tenho um salão de cabeleireiro e mudou a função, ah, o nome de cabele... de barbeiro para cabeleireiro masculino. Então, às sextas-feiras, eu dedico, ah, duas horas de limpeza ao cabelo. Parece exagerado mas é o que o homem moderno deve fazer hoje. Eu lavo a cabeça, dou massagem na cabeça e sou penteado pelo professor Nicola, professor dos nossos alunos, e mostra aos alunos aquilo que ele vem realizando no meu cabelo. Ele, às sextas-feiras, está totalmente diferente do que hoje. Hoje, eu uso brilhantina William diariamente, às sextas-feiras, ele usa `spray', não bota um elemento gorduroso na cabeça.
DOC. -  Ele, ele trata de seu cabelo com que instrumentos de (sup.)
LOC. -  (sup.) Vários instrumentos. Ele inicialmente passa um líquido apropriado, para fazer espuma, em seguida massageia com um vibrador, novamente, com um pente grande, ele elimina toda esta espuma e novamente coloca o líquido espumante para criar nova espuma, depois disso eu vou a um aparelho lavatório onde ele lava totalmente a cabeça, usando, a cabeça, usando, duas toalhas para secar, volta, usa um secador, que é um aparelho próprio, e se quisesse poderia usar uma touca térmica, mas não me adapto com aquilo, uso o secador. Passa, então, novamente, a um, a um óleo revigorante capilar e, em seguida, novamente o secador, e finaliza, já secando o cabelo bem solto, com o secador.
DOC. -  Qual é a cor do seu cabelo?
LOC. -  Castanho.
DOC. -  O senhor conhece outros tipos?
LOC. -  Conheço.
DOC. -  Quais?
LOC. -  Preto, ruivo, louro, o preto, o liso, o sarará, como é, como costuma se dizer (sup.)
DOC. -  (sup.) Sarará (sup.)
LOC. -  (sup.) Do negro. É o cabelo do negro que ele é ou alisado para ele ter uma cabeleira maior ou, então, ele é cortado, simplesmente, para que se assente na cabeça.
DOC. -  Atualmente como é que os negros estão usando os cabelos, alguns deles?
LOC. -  Não, alguns, aqueles que já freqüentam um meio mais elevado, isto é, eles já sabem se compor, o cabelo esticado, alisado, com um ferro próprio (sup.)
DOC. -  (sup./inint.) mas os que estão usando o cabelo assim (inint./sup.)
LOC. -  (sup.) Bom, existe, existe, tipo Toni Tornado, Paulo César do Botafogo e existe o cabelo ... Ele é solto totalmente e ele, com o pente, é jogado para cima. Como o cabelo é duro, ele tem aquela formação, ele é aparado somente pra dar uma circunferência exata ou um desenho como eles pretendem formar a cabeça (sup.)
DOC. -  (sup.) Há uma, um nome específico para esse tipo de cabelo?
LOC. -  Eu tenho ouvido falar em cabelo a tipo Toni Tornado.
DOC. -  Ah, é? E, escute, o meu assim, como é?
LOC. -  É um cabelo normal o seu.
DOC. -  O meu é normal como?
LOC. -  É um, é um cabelo normal diante da linha atual aqui na Guanabara. O que que você tem demais? Tem costeletas maiores, uma composição do seu cabelo com bigode que está certo, e isso que eu tenho na minha cabeça também, você deixou o cabelo saindo daquele corte normal que nós tínhamos reto, aqui atrás há uma onda feita pelo cabelo (inint./sup.)
DOC. -  (sup./inint) se chama esse corte reto?
LOC. -  Olha, esse eu não me lembro, eh, esse corte reto não me lembro. Ele foi (inint.) ele começou a ser usado pelos elementos de, da baixa sociedade, isto é, bicheiros e gigolôs. Depois foi imitado pela juventude, naturalmente. O cabelo que eu me lembro muito bem, que eu cortava na, na, na, na minha adolescência, era o príncipe Danilo. Esse cabelo já, somente é usado no exército, para aqueles que vão servir (sup.)
DOC. -  (sup.) Como é? (sup.)
LOC. -  (sup.) O primo Da... o príncipe Danilo tinha normalmente o cabelo em cima e passava-se uma m'aquina, eh, zero, um, dois e três, para colocar o cabelo até o meio do crânio mais ou menos, eh, limpo, sem cabelo quase que nenhum.
DOC. -  E outros tipos (inint.) vários tipos de corte?
LOC. -  Não, agora nós temos, eh, vários tipos de penteado, de corte. Nós temos um grande cabeleireiro que está fazendo uma promoção muito grande sobre isso, é o Souza, em Copacabana, aonde ele diz que, que o jovem atual, para manter a beleza do cabelo, ele não o lava. Lavando tira aquela forma, então ele não sabe como pentear, passa seis meses sem lavar a cabeça, constituindo, eh, um, uma situação em que nós chamamos habitualmente: o `hippie' é fedorento! Não, não é. Ele é fedorento por causa disso, porque ele, ele começa a ter padrões, a mesma roupa ele gosta, o mesmo cabelo ele gosta, então ele não penteia, passa a ser sujo e fedorento. Já o Souza está mostrando ao jovem que deve-se lavar a cabeça, pentear a cabeça, eh, constantemente.
DOC. -  O seu cabelo é liso mas o meu não é.
LOC. -  Não, o seu cabe... (sup.)
DOC. -  (sup.) É o quê?
LOC. -  Eh, o seu cabelo é ondulado, o meu é totalmente liso. O seu cabelo tem mais formação na cabeça do que o meu.
DOC. -  Um pouco mais apertado do que o meu como é que você diz?
LOC. -  Liso.
DOC. -  Liso? Também? Liso parece o seu tipo assim.
LOC. -  É liso. Mas é o seu mais apertado?
DOC. -  É, sim, um pouquinho mais apertado do que o meu, mais (inint.)
LOC. -  Crespo (sup.)
DOC. -  (sup./inint.)
LOC. -  (sup.) É crespo. O, o seu cabelo é, não é crespo, por isso que eu não usei. O crespo é mais no, no, no mulato que aparece.
DOC. -  Essa parte da frente, pode descrever pra nós?
LOC. -  Nós temos a testa, nariz, olhos, o rosto, a face, não é? Boca. Você por exemplo tem bigode, eu não tenho bigode, algumas pessoas têm sinal, eu tenho sinal. Estamos usando agora as suíças, que nós aqui chamamos normalmente de costeletas, mas o termo exato seria suíça, que vem daquela forma antiga (inint.)
DOC. -  Nós três temos o mesmo tipo de rosto?
LOC. -  Não, nós temos os rostos diferentes.
DOC. -  Por quê?
LOC. -  Eu tenho o rosto alongado, você tem um meio alongado, você tem um redondo quase, assim, obedecendo formas, eh, semelhantes com um quadrado.
DOC. -  Escute, e isso aqui?
LOC. -  Nós temos sobrancelhas, pestanas.
DOC. -  E essa parte aqui?
LOC. -  Pálpebras.
DOC. -  Dentro do olho, aqui assim, que é que nós temos?
LOC. -  Nós temos os olhos. Temos retina, temos, eh ... Não me lembro.
DOC. -  Essa partezinha pretinha aqui?
LOC. -  Dentro da parte branca, é a menina dos olhos, chamado comumente.
DOC. -  Essa parte branca dentro do olho, como se chama?
LOC. -  Não, não me lembro.
DOC. -  Lembra-se de alguma, assim, doença de olhos, assim?
LOC. -  Bem, eu tenho muito terçol.
DOC. -  Sim.
LOC. -  Eu inclusive estou com um, eh, que formou um quisto e eu preciso operar. Eu já fiz isso aos dezoito anos de idade. Isso é, é um canal que nós temos sobre, nesta parte de cima, eh, que sustenta as sobrancelhas, tem um canal também aonde passa um líquido, não sei o nome do líquido, e o terçol faz com que haja uma interrupção e cria esse carocinho, então é preciso dar um toque com, pelo bisturi e tirar esse, esse sebo que forma esse quisto (sup.)
DOC. -  (sup.) Qual é a cor dos seus olhos?
LOC. -  Minha cor é verde-clara. Agora, ele muda.
DOC. -  Ah! Ele muda também (sup./inint.)
LOC. -  (sup.) Ele muda para um verde-amarelo e às vezes um verde quase azul. Depende do ambiente, parece que são olhos de camaleão. Ele muda de acordo. Existem, na minha família mesmo existem diferentes. A minha esposa tem os olhos castanhos claros e a minha filha menor tem olhos bem azuis, a filha maior um azul claro.
DOC. -  Essa ... Isso aqui?
LOC. -  Boca? Tem os lábios.
DOC. -  E isso aqui, como é que se chama?
LOC. -  Eu chamo tudo de lábio: lábio superior e lábio inferior, queixo, pescoço, eh, pescoço, costas, mais embaixo.
DOC. -  Eh, esse movimento, esse movimento que eu fiz?
LOC. -  Piscar os olhos.
DOC. -  E esse (inint.)
LOC. -  Fechar os olhos.
DOC. -  Eh, esse movimento?
LOC. -  Eh, mastigar.
DOC. -  Sim, e esse?
LOC. -  Engolir ou de... deglutir.
DOC. -  Sim, engole-se com quê?
LOC. -  Com um movimento que se faz na faringe, é auxiliado pela língua que, que joga o alimento (inint.)
DOC. -  E isso aqui?
LOC. -  Os dentes. Os dentes servem para mastigar.
DOC. -  Eh, o conjunto dos dentes?
LOC. -  Arcada dentária.
DOC. -  Sei, eh, essa, o que é?
LOC. -  Arcada superior, arcada inferior. Temos o palatino, o céu da boca.
DOC. -  E lá para trás, assim, aquela ...
LOC. -  Eh, temos ... (riso) Não me lembro bem o nome mas existe um, uma glândula importante aí, a tiróide.
DOC. -  Sim, e aquela, aquela partezinha assim, que forma um, quase na, na (inint.) que separa, a fronteira entre a boca propriamente, não é, quer dizer, a cavidade bucal e a, a faringe, uma região que fica ali, que tem um negocinho assim que desce, molinho?
LOC. -  É, eu não me lembro do nome, não.
DOC. -  Tem um nomezinho.
LOC. -  Estou pensando.
DOC. -  Sim. Eh, escute, e isso?
LOC. -  Eh, orelha.
DOC. -  Que é que as orelhas fazem?
LOC. -  Elas, eh, captam o som e, logicamente, o aparelho, o de ouvir (sup.)
DOC. -  (sup.) Como é que se chama, como é que se chama a capacidade de captar os sons?
LOC. -  Ouvir.
DOC. -  Sim, e a capacidade, por exemplo, de fazer isso que eu estou fazendo agora?
LOC. -  Falar.
DOC. -  Eh, a capacidade de (ruído chiado característico).
LOC. -  Cheirar.
DOC. -  Eh, a capacidade, por exemplo, de, de sentir o gosto?
LOC. -  Provar, né? Paladar.
DOC. -  Sim, sei. Eh, conhece, por exemplo, doenças de ouvido, em geral?
LOC. -  Otite é uma doença assim bem comum.
DOC. -  Outras doenças de olhos? Parece que só citou uma (inint.) outras doenças de olhos?
LOC. -  Eu conheço terçol, eu conheço deficiências visuais, eh, o sujeito pode ter uma miopia, pode ter um estigmatismo, uma hipermetromia (sic), hipermetropia, desculpe.
DOC. -  (inint.) não pode ver, que é que ela tem?
LOC. -  Cegueira, não é?
DOC. -  (inint.) só?
LOC. -  Ou ausência dos olhos.
DOC. -  Ausência de um dos olhos, como é que se chama?
LOC. -  (inint.) chamamos de caolha.
DOC. -  E os tipos de nariz?
LOC. -  Olha, eh, temos, eu me lembro assim ...
DOC. -  Nariz (inint.) fino.
LOC. -  É chamado ... Não sei se o termo é aquilino.
DOC. -  Sei ... E um nariz assim, por exemplo?
LOC. -  Chato, nós conhecemos (sup.)
DOC. -  (sup.) O meu é chato.
LOC. -  É, nariz de batata, é um termo popular (sup./inint.)
DOC. -  (sup./inint.) bem diferente. Um nariz comprido.
LOC. -  É, nariz comprido, né? Tem o nariz de papagaio, que o meu se assemelha um pouco, que dobra assim o lado.
DOC. -  Escute aqui, e todas as pessoas têm o mesmo tipo de dentes?
LOC. -  Não, são bem diferentes os dentes. Tem dentes compridos, dentes, eh, baixos, dentes fortes, dentes fracos, dentes amarelados, dentes claros.
DOC. -  E outros? Outros.
LOC. -  Outros, como?
DOC. -  Eh, quando, quando, quando não são os da pessoa?
LOC. -  Ah! Dentes postiços.
DOC. -  Escuta essa parte assim interna, do (inint.) como é que se chama?
LOC. -  Olha, eu estou por fora.
DOC. -  (inint.) existe uma coisa que preocupa muito as mulheres no rosto, como sintomas de velhice, né?
LOC. -  Certo! Quando ...
DOC. -  Quando, quando o rosto começa a mostrar (inint.) de idade?
LOC. -  Aparecem as rugas.
DOC. -  Hum. E o senhor conhece nomes específicos de rugas (inint./sup.)
LOC. -  (sup.) Não (sup.)
DOC. -  (sup./inint.) em muitas mulheres em volta dos olhos.
LOC. -  Não, nomes especiais não. Rugas, verrugas, tudo isso começa a aparecer (sup.)
DOC. -  (sup.) parece (sup/inint.)
LOC. -  (sup.) Ah, chamam de pé-de-galinha. Certo. Eu inclusive já estou começando a ter, que a idade começa a bater (sup.)
DOC. -  (sup./inint.) só mulheres?
LOC. -  Não, mas eu vi homens preocupados, com doutor Daniel Azulay, que pretende fazer uma operação para tirar isso, que é simples, uma pequena operação, essa, esse pé-de-galinha que começa a formar. Inclusive, hoje, o homem precisa se manter também em boa posição. Ele não pode, tem que ser simpático, não, não ser tão belo como se fosse um Adônis e admirar o seu próprio corpo, mas não (sup.)
DOC. -  (sup.) Isso que eu ia perguntar (sup.)
LOC. -  (sup.) Ele ter uma fisionomia que o apresente bem perante outras pessoas, sendo, tornando uma figura simpática.
DOC. -  O senhor, como professor de educação física, eu ia perguntar (inint.) considera importante cuidar do corpo, não é? Então, eu queria que o senhor falasse um pouquinho (inint.)
LOC. -  Olha, eu considero bastante importante e, inclusive, eu estou em falta com vocês porque, como professor de educação física, eu fui um, um grande conhecedor da anatomia do corpo, mas eu tenho uma cabeça, pelas sérias atividades em que eu me coloco, eu esqueço com facilidade, então precisaria estudar para me lembrar de tudo isso. Agora, eu acho que é importantíssimo todos nós termos um corpo saudável. Logicamente, vocês me vêem com uma idade de quarenta anos, muitos dão menos para mim, por quê? Vários colegas meus de infância já se apresentam bastante envelhecidos e eu não, eu continuo assim apesar de vocês me verem com uma barriguinha já proeminente, mas isso é fruto de um atleta que deixou naturalmente de participar da parte esportiva, fez muita ginástica e hoje em dia gosta de comer bem, beber muito bem, e depois de quatro feriados a barriga estufa, naturalmente.
DOC. -  Quem come muito, o que é, heim?
LOC. -  Comilão.
DOC. -  Existe esses concursos de gente que come muito, se lembra?
LOC. -  Me lembro, eu acompanho pela revista O Cruzeiro, Manchete e filmes também.
DOC. -  Sei, eh, vamos ver, agora, o que o senhor entende por uma estrutura do tronco, o que se chama tronco?
LOC. -  Bom, no tronco nós temos a parte mais principal do nosso corpo. A nossa caixa toráxica guarda o que mais, de mais valoroso nós temos, que é o coração e, logicamente, os pulmões. Os pulmões têm a função de trazer oxigênio e por um processo químico do nosso corpo, também não me lembro totalmente, ele emite o, o oxigênio no sangue e o coração bombeia para todo o corpo humano.
DOC. -  Por falar em coração, o senhor conhece algum distúrbio do coração (inint.)
LOC. -  É. Eu tenho um distúrbio também: uma extrassístole, isto é, ele é, ele se apresenta uma vez ou outra, quando eu fumo demais ou eu bebo demais ou deixo de dormir. É uma batida desregular do coração. Existe, também, ah, o que chamam de hipertrofia do coração: o coração se dilata devido a grandes atividades físicas que o sujeito fez. Existe corações, eh, fracos, chamam de sopro no coração. São, é um problema cardíaco. E exi... existe o, o perigo de qualquer momento o coração parar com um infarte que é a coisa mais, a doença mais moderna atualmente.
DOC. -  O senhor falou, por exemplo, que há um problema do coração (inint.) a respeito do sono (inint.)
LOC. -  Eu encaro o sono como uma das coisas também mais importantes na vida. É preciso uma pessoa dormir no mínimo seis horas por dia. Eu me sinto bem somente dormindo oito horas por dia. Eu já dormindo seis horas (sup.)
DOC. -  (sup./inint.) a incapacidade de dormir, a impossibilidade, a incapacidade (sup./inint.)
LOC. -  (sup.) Às vezes, às vezes é um problema orgânico.
DOC. -  Como é que se chama?
LOC. -  Insônia. Essa insônia pode ser de, eh, derivada de um problema orgânico, de problemas psíquicos, de estafa, cansaço. E o sujeito não dorme e é obrigado às vezes a tomar tranqüilizantes para fazer isto.
DOC. -  E as coisas que ocorrem anormais, durante o sono?
LOC. -  Os sonhos, os pesadelos.
DOC. -  Eh, por exemplo, essas pessoas, por exemplo, fica triste, por exemplo, ela reage de determinada maneira, uma delas é?
LOC. -  Chorar (sup.)
DOC. -  (sup.) Não, essas coisas que (inint.)
LOC. -  Ele verte lágrimas.
DOC. -  (inint.)
LOC. -  Eh, cria-se assim, é um soluço. A pessoa soluça, a pessoa cria, algumas, aparecem assim água nos olhos, ela não chega a verter.
DOC. -  O senhor podia, eh, descrever o corpo, masculino e feminino na parte anatômica, qual a diferença?
LOC. -  Pois não. O corpo masculino apresenta características bem diferentes da mulher. É arredondado, musculoso ou não, apresenta os mamilos pequenos, possui bastante cabelo no peito e às vezes em todo o tronco. Ele é, ele tem a barriga um pouco mais proeminente do que a mulher normalmente, tem o quadril mais largo, enquanto que a mulher possui o tronco mais delgado, tem a diferença dos mamilos, que são bem maiores, eles variam, de acordo com cada uma.
DOC. -  Por exemplo, o senhor, essa parte, o senhor só chama de mamilo?
LOC. -  Peito, seio, eu falei mamilo porque não fica bem dizer no homem tem seio, apesar de nós termos aqui alunos que são do chamado terceiro sexo, ou bicha, como todo mundo chama, que têm seios bastante proeminentes.
DOC. -  Eh, tipos de seios femininos? Por exemplo, eh, bem volumosos?
LOC. -  Grandes, médios, pequenos.
DOC. -  Sei. E juntos e separados (inint.)
LOC. -  Juntos, separados, afastados.
DOC. -  Sei, e por exemplo?
LOC. -  Bonitos, belos.
DOC. -  E por exemplo?
LOC. -  Caídos, seios caídos, seios erectos.
DOC. -  E a cintura?
LOC. -  A cintura, a mulher apresenta, eh, eh, uma cintura, em relação ao homem, muito mais delgada, fina (sup.)
DOC. -  (sup.) Mas todas as mulheres (sup.)
LOC. -  (sup.) Arredondando a maioria das mulheres, arredondando (sup.)
DOC. -  (sup.) E as que não têm (sup.)
LOC. -  (sup.) Arredondando ... Eu estou falando num termo geral. As que não têm cin... cintura fina, já podemos dizer é porque não quiseram ter cintura fina, porque se elas tivessem um crescimento normal e tratassem, normalmente ela conserva isso para a vida toda. É uma característica feminina, é a cintura fina. Tendo como diferença do homem, no quadril, um arredondamento bem maior do que o homem. O homem desce reto no quadril e a mulher tem o quadril totalmente redondo, compensando com a cintura grossa que o homem tem.
DOC. -  Muito bem, eh, impurezas que os, os órgãos da, da cabeça, podem exibir. Por exemplo, os olhos?
LOC. -  Dos olhos, chamados, chamamos de remela, esse é o nome científico. Do ouvido, a cera. Da boca, o hálito pelo mau tratamento do organismo ou, ou dos dentes.
DOC. -  Sei. Eh, por exemplo do nariz, por exemplo?
LOC. -  Do nariz chamamos de odor, às vezes, por um problema de uma doença. Me foge, agora, o nome, nome muito comum.
DOC. -  Resfriado.
LOC. -  Resfriado sai o catarro.
DOC. -  Sei, e da boca?
LOC. -  Da boca também sai a saliva ou o catarro.
DOC. -  Sei, o ato, por exemplo, de, de expelir o catarro (sup.)
LOC. -  (sup.) Cuspir.
DOC. -  E, por exemplo (ruído característico)
LOC. -  Tossir.
DOC. -  E (ruído característico)
LOC. -  Espirrar.
DOC. -  Voltando aos quadris, o senhor poderia descrever ou enumerar tipos de quadris (inint.)
LOC. -  Existe o, o quadril largo, não somente pela forma óssea mas também pelo, uma, na mulher, você quer da mulher, não é? Por uma adiposidade de gorduras, chamada de (sup.)
DOC. -  (sup./inint.) muita coisa.
LOC. -  Pois é, eu tratei tanto disso. Você vê como a minha cabeça está. Eu não estou, eu não estou pegando, assim, coisas muito comuns a mim. Eu quisera me lembrar disso, eu cuidei muito, eu dei massagem, dei ginástica apropriada pra aquelas estrias, gordinhas, que preocupam as mulheres e vê-se muito na barriga, mas com o tempo, talvez, eu me lembro, vamos ver.
DOC. -  E atrás, essa parte aqui de trás?
LOC. -  As nádegas.
DOC. -  O conjunto das nádegas (inint.)
LOC. -  Nós chamamos de bunda, normalmente.
DOC. -  Eh, e, por exemplo, tipos de bundas, existem?
LOC. -  Existem, também. Grandes, pequenas, chatas, cabeludas, lisas.
DOC. -  Por falar em cabeludas, eh, outras regiões em que o homem tenha pelos, etc. no corpo.
LOC. -  Eh, no, nós temos junto ao pênis. É uma característica do homem e da mulher. O pênis no homem e vagina na mulher.
DOC. -  Sei, e essa, essa região mesmo, onde ficam os pelos, sabe dizer?
LOC. -  É região pubiana.
DOC. -  Eh, espera aí, já que a gente está neste terreno, eh, pode citar assim coisas características em termos sexuais, atividades, não, ainda de formas características que diferenciam homem da mulher. Por exemplo, o que marca o homem e a mulher, cada um passando de uma fase pra outra (inint.)
LOC. -  Na mulher nós temos a fase da adolescência chamada por alguns autores de ... Temos a fase pré-pubertária, pubertária, pubertária (sup.)
DOC. -  (sup.) Qual é a característica?
LOC. -  É a menarca que aparece na idade entre onze e quinze anos.
DOC. -  O que é (sup.)
LOC. -  (sup.) A menarca, ou melhor não é menarca, é menstruação. Desculpem, eu, eu, eu troquei os ciclos. Menarca é o final do, é a última menstruação da mulher.
DOC. -  O senhor tem outro nome pra esse período da mulher?
LOC. -  Regra.
DOC. -  Não, não, não do período da menstruação, mas no período que ela (inint.)
LOC. -  É a ...
DOC. -  Se o senhor chama por outro nome (inint.) menarca?
LOC. -  É menarca é o termo técnico da última menstruação. É ... Não estou lembrado.
DOC. -  E o homem?
LOC. -  No homem é impotência, ele deixa de ser, de ser potente, isto é, o pênis já não fica mais erecto, ele já não sente as sensações normais de um ato sexual (sup.)
DOC. -  (sup.) E na adolescência (inint.) alguma coisa que seria importante (inint.)
LOC. -  (inint.) existe, eh, justamente é a masturbação, comum a todos os jovens quando começam a ingressar na idade de adolescência, isto é, aos quatorze anos, quinze anos.
DOC. -  Outros fenômenos ligados (inint.)
LOC. -  Existem, eles, eles também, por uma falta de condições, eh, financeiras ou sociais, ele procura, ah, mulheres de, que podemos chamar de meretrizes, prostitutas em locais não adequados, aonde pegam o mais, o mais prejudicial à vida de quem inicia-se, eh, são as doenças venéreas.
DOC. -  Pode me dar o nome de alguma doença venérea (inint.)
LOC. -  Vamos ver se eu me lembro: blenorragia, chamada gonorréia, ah, cancro. Eh, outras eu não me lembro.
DOC. -  Sim, o período de plenitude sexual do homem e da mulher tem algum nome específico?
LOC. -  Plenitude desde quando ela começa a poder gerar e o homem também? Período sexual (inint.)
DOC. -  A respeito do ato sexual, o senhor conhece algum nome que poderia, talvez, existir? O ato sexual de uma maneira geral, de um modo geral.
LOC. -  Relação sexual é o termo comum que se usa.
DOC. -  E verbos que nós aplicamos?
LOC. -  Trepar.
DOC. -  Perfeito.
LOC. -  Foder, comer, né, são esses.
DOC. -  E pras posições, pras posições (inint.) da relação sexual, o senhor conhece nomes?
LOC. -  Eu já ouvi falar assim nomes, vários nomes, não sei se eu me lembro de todos: papai-mamãe, é a, é o normal, é a relação normal. Tem frango-assado, que é a posição em que a mulher levanta as pernas, tem o sessenta-e-nove, que é um ato que a mulher se excita com o homem trocado, a mulher chupa o homem e o homem chupa a mulher.
DOC. -  Voltando pra, pra, pro, pro, pro, o interior (inint.) o senhor poderia descrever (inint./sup.)
LOC. -  (sup.) Diferença do homem pra mulher?
DOC. -  Não, não. Assim de modo geral. O que existe aqui por dentro.
LOC. -  Nós temos (sup.)
DOC. -  (sup./inint.) nós, nós temos (inint./sup.)
LOC. -  (sup.) Nós temos, nós, nós, nós temos ... A mulher tem um muito importante, já que nós estamos falando em mulher, tem o útero. Esse útero é que gera o ser recebendo a, o esperma do homem e esse esperma é levado à região uterina e o óvulo, estando dentro das condições normais de, de recebimento, ele passa a gerar um novo ser. E ali encontra-se o feto. Agora, nós, normalmente, temos o estômago, temos os rins, rins, fígado, baço, intestinos, grossos, delgados e fino.
DOC. -  Voltando agora às atividades da, da, dos órgãos da boca, por exemplo, a, a limpeza dos dentes se, se faz através de quê?
LOC. -  Dentifrícios.
DOC. -  Eh, e os instrumentos que nós usamos?
LOC. -  Nós usamos a escova, naturalmente, um pouco dágua para levar o dentifrício a várias partes.
DOC. -  O movimento assim com a água, fazendo assim (ruído característico)
LOC. -  É gargarejar.
DOC. -  E os movimentos de balançar as bochechas?
LOC. -  Bochechar.
DOC. -  Eh, por exemplo, o sujeito que trata dos nossos dentes?
LOC. -  É o dentista.
DOC. -  Sei. E ele faz o quê? Que que, o que é que o dentista pode fazer?
LOC. -  Ele faz obturações, arranca os dentes, naturalmente estragados, limpezas, tratamentos, operações.
DOC. -  Pessoas que não têm dentes, como se chamam?
LOC. -  Desdentadas.
DOC. -  E pessoas que têm um dente só?
LOC. -  Eh, desprovidas de dentes (inint.) e chamam de caquinho.
DOC. -  Pessoas que têm dentes saltados?
LOC. -  Eh, dentuças.
DOC. -  Eh, esta parte, vermelha?
LOC. -  Gengiva.
DOC. -  (inint.) agora passando pra ...
LOC. -  As mãos. Nas mãos nós temos dez dedos, normalmente. Mão direita, mão esquerda. Deixa eu ver se eu me lembro. Eu não me lembro muito bem dos ossos.
DOC. -  A pessoa que tem mais facilidade com essa ou com (inint./sup.)
LOC. -  (sup.) Eh, direita ou, ou canhoto, destro ou canhoto.
DOC. -  E a (inint.) como é que o senhor chama (sup.)
LOC. -  (sup.) Nós temos a mão, a mão, eh, os dedos nós chamamos mindinho, não vou seguir, mindinho, pai-de-todos, fura-bolos, mas eu sei, eh, eh, polegar é esse dedo menorzinho, indicador, anelar, e os outros dois, mindinho.
DOC. -  E escute, por exemplo, as articulações? Articulações de sua mão, por exemplo?
LOC. -  Não me lembro não.
DOC. -  Pessoas, pessoas que têm, têm, têm bastante habilidade com as duas mãos?
LOC. -  Ambidestro.
DOC. -  E em relação às pernas (sup.)
LOC. -  (sup.) As pernas, nós temos a coxa (sup.)
DOC. -  (sup.) Que tipos de pernas?
LOC. -  Ah, pernas musculosas, pernas finas, pernas grossas, pernas flácidas ...
DOC. -  E distribuição da perna?
LOC. -  Ah, temos o, a coxa, temos a perna e o pé.
DOC. -  E a perna (inint.)
LOC. -  A coxa se divide da, da perna pela rótula, o joelho.
DOC. -  E a perna? O senhor vê partes na perna?
LOC. -  Temos a parte lisa de cima e temos a parte mais musculosa que chama-se, a parte de cima, canela, a parte de, de trás, batata das pernas.
DOC. -  Isso aqui?
LOC. -  Coxa.
DOC. -  Eh, isso?
LOC. -  Joelho.
DOC. -  E isso aqui?
LOC. -  Calcanhar, plan... eh, dorso do pé, planta do pé, ponta do pé.
DOC. -  (inint.) levanta o pé (inint.)
LOC. -  Dedos.
DOC. -  E isso?
LOC. -  Artelhos.
DOC. -  E essas partes?
LOC. -  Unhas.
DOC. -  Eh, pessoas que têm problemas em relação às pernas (inint.)
LOC. -  Aleijadas.
DOC. -  (inint.) eh, eh, tipos de (inint.)
LOC. -  Eu conheço a paralisia ou uma pessoa que já teve paralisia tem uma perna às vezes menor do que a outra, mais fina que a outra, não houve o desenvolvimento normal logicamente, quando existe possibilidade de recuperação, quando numa idade mais, assim, tenra, há, há possibilidade de se recuperar quase que totalmente.
DOC. -  Algumas pessoas têm as pernas (inint./sup.)
LOC. -  (sup.) Pernas, eh, chamada tesoura, se não me engano, eh, tem um nome técnico, geno... genoflexo, uma coisa assim.
DOC. -  Quem não tem uma perna?
LOC. -  É perneta.
DOC. -  E as pessoas que tem as pernas abertas?
LOC. -  Arcadas.
DOC. -  Eh, e esse gesto, por exemplo, com os braços?
LOC. -  Cruzar os braços (sup.)
DOC. -  (sup.) E se ... Por exemplo, em outra pessoa?
LOC. -  Abraçar.
DOC. -  E algumas (inint.) homem inclusive que é rejeitado pelo exército, porque tem problema no pé?
LOC. -  Ah! É o famoso pé-chato.
DOC. -  O senhor conhece, eh, doenças que ocorrem no pé?
LOC. -  Tem o, o chamado pé-de-atleta que é uma erupção que existe na pele e devido ao suor (inint.) etc. Existe a erisipela, existe o ácido úrico.
DOC. -  O senhor tem um nome especial pro homem ou pra mulher que tenha uma boa aparência? Um homem que tenha uma boa aparência.
LOC. -  Bem apessoado, simpático.
DOC. -  E a mulher?
LOC. -  Bonita, bela, linda, simpática.
DOC. -  Uma mulher bonita, exuberante (inint.)
LOC. -  Boa.
DOC. -  Por exemplo, a atividade, as, as necessidades fisiológicas, pode enumerar?
LOC. -  Posso, é urinar e evacuar.
DOC. -  O senhor chama sempre por esses nomes, mesmo quando o senhor está numa situação menos formal (inint.)
LOC. -  Não, eu às vezes digo (inint.) vou mijar. Agora, evacuar eu sempre uso. Não uso termo do adolescente: vou cagar. Não é mais isso, eu uso evacuar.
DOC. -  Por exemplo, ah, quando nós ingerimos o alimento, ele vai pra onde?
LOC. -  Estômago.
DOC. -  Sei. Se, por exemplo, o estômago o rejeita, o que que nós temos?
LOC. -  Vomita-se.
DOC. -  Eh, outros órgãos relacionados com a digestão?
LOC. -  Nós temos o pâncreas, nós temos o fígado, a vesícula e temos a, após a digestão, os intestinos que eliminam, eh, aquilo que não é aproveitado pelo organismo.
DOC. -  Voltando pra aparência, como é que o senhor chama a mulher que é muito gorda ou homem (inint.)
LOC. -  Gorducho, gorducho, gorducha.
DOC. -  E quando eles são muito altos ou muito baixos. Um homem muito alto?
LOC. -  Alto, é alto, gigante.
DOC. -  E ao contrário?
LOC. -  Anã ou anão.
DOC. -  O senhor conhece esses riscos?
LOC. -  São veias.
DOC. -  E que fazem as veias?
LOC. -   A função delas é distribuir o sangue por todo o corpo.