D
 ... em termos de meteorologia.
L
 Bom, como eu ia falando, a meteorologia eu acho que ela exerce determinada influência na vida das pessoas, em termos de viagem, em termos de, até de doença, certo? Porque o clima ele é importante nas nossas atividades cotidianas. Eu, por exemplo, eh, no momento assim, na minha vida, de uns tempos pra cá, eu, eu não, o clima pra mim, a meteorologia não tem muita influência não. O que eu tenho que fazer eu faço, com tempo bonito, com tempo feio, certo? Eu acho que a, a, a coisa está mais relacionada com o que vai dentro da gente. O tempo pra mim, ultimamente, tem tido pouca influência em termos de, de, de meteorologia. Agora eu acho que no caso da, de quando se vai fazer uma viagem, por exemplo, agora eu pretendo i... nas férias de julho ir à Argentina, então eu sei que o clima lá está, a temperatura lá está baixíssima, então já começa a me interessar a meteorologia daqui pra, para julho. Então eu já estou começando a observar o tempo, a recorrer a jornal, então isto já está começando no momento, porque eu tenho uma motivação, que seria a viagem que eu vou fazer, no caso a Argentina, e sei que a, o clima lá, no momento, está bem diferente do nosso aqui. Eu já estive em várias regiões no Brasil, nas, nos climas mais frios, quer dizer, o clima mais quente que eu já peguei aqui no Brasil é na Guanabara, porque o clima é mais quente, quarenta graus nós já tivemos aqui, e na Bahia também, já peguei temperatura mais ou menos a quarenta graus. Então, eu me sinto bem em todas as temperaturas, eu não tenho problema assim de, de tempera... de sofrer influência de temperatura. É claro que eu gosto muito mais do calor do que do inverno. Eu prefiro os dias mais quentes do que os dias frios, assim em termos de, de, de, em termos emocionais, de motivar por passeios, por festas, eu prefiro mais o clima quente. O clima frio pra mim, eu tenho vontade mais de dormir, de ler, de, de trabalhar assim mais, em recinto mais fechado. E o clima frio, eh, seri... eu me sinto mais alegre, no clima quente aliás, eu me sinto muito mais alegre. Mas em Friburgo, apesar do clima lá ser bem frio, eu quando trabalhei lá, eu tive assim momentos muito agradáveis em termos de trabalho. Então a gente, às vezes, vai se acostumando e o organismo vai também se adaptando ao clima e eu acho que eu produzi, em termos de trabalho a produção foi maior até. Em Resende também na época fria, muito que... muito frio e no verão também é muito quente como a, às vezes nesses climas, em Porto Alegre, por exemplo, também ocorre isso, quer dizer, o verão ser muito quente e o inverno já ser bem frio. Então a gente vai se adaptando. Se a gente está morando, no início o organismo sente e nós sentimos também em termos assim sociais. A gente também sente, sair, passear. Mas depois o organismo vai se adaptando e a gente vai se adaptando também a, a, as, ao, ao, à comunidade, vai se adaptando ao público, de modo geral. Eu não tenho essa dificuldade de, de, de clima, agora a gente ... Claro que um dia que a gente sente mais frio, a gente tem que preparar roupas. O inverno, por exemplo, agora no Rio de Janeiro, o nosso clima aqui mudou, o ano passado o nosso inverno não foi tão castigado como este ano, em maio nós já estávamos sofrendo, ah, eh, o frio aqui de mais ou menos treze graus, chegamos até dez graus num domingo de maio, quer dizer, aí nós já ficamos sobressaltadas em termos de, de, de vestimenta, certo? Porque o carioca, geralmente, ele não tem esses agasalhos tão aquecidos, porque o clima não pede. Então este ano, o nosso clima está prometendo ser muito mais bárbaro do que os outros anos. Então é uma preocupação somente o clima ter, eh, o clima também está relacionado, por exemplo, com o caso da pobreza, as pessoas que não têm condição de, de se aquecer melhor. Então essas pessoas devem socorrer, quer dizer, tem os, os seus problemas sociais também o clima.
D
 (inint.) Friburgo. Há algumas diferenças no clima de Friburgo em relação, por exemplo, ao Rio de Janeiro, não é só fazer mais frio, não é?
L
 Não, há diferença. Inclusive o frio lá, ele é um frio seco, quer dizer, em Friburgo, o frio lá é bem seco, quer dizer, a temperatu... a altitude lá é muito maior que a nossa aqui, então, à noite ... De dia, por exemplo, é quentíssimo, o sol lá é muito quente, durante o dia em pleno inverno, o sol escondeu, a noite, quer dizer, ah, ah, ah, Friburgo está com mil e seiscentos metros de altitude, eu tenho a impressão. Então há uma influência muito grande, como também São Joaquim. Eu estive há pouco tempo em Santa Catarina, agora na semana santa, nós fomos a São Joaquim e o clima estava como hoje aqui, quer dizer, estava um frio suportável, estava sol inclusive, mas lá a gente sente (ruído campanhia) num, um, o, o sol aberto a gente sente aquela, aquela, a, a pele chega a doer com aquela quentura. Depois o sol fecha, nós sentimos um frio tremendo. Em pleno abril, foi final de abril, foi na semana santa, sim.
D
 Agora isso tem (sup.)
L
 (sup.) É, tem relação (sup.)
D
 (sup.) Relação com a localização (sup.)
L
 (sup.) Com a localização, certo. As montanhas, principalmente ali, montanhoso, o, São Joaquim fica mesmo dentro, eh, à volta de São Joaquim existe uma série de, de montanhas, quer dizer, a cidade fica bem dentro, cercada mesmo de montanha. Então eles têm uma influência desses alto, baixa de frio, quente como Friburgo também. E a altitude de São Joaquim é bem maior que a de Friburgo, lá são quase dois mil metros.
D
 E, e Friburgo, por exemplo, se você for fazer uma viagem pra Friburgo, você além do frio pode ter outros problemas, até mesmo de estrada, né, de manhã (sup.)
L
 (sup.) É, problema de nevoeiro que existe, as viagens devem ser ... Todos nós temos que ter precaução na viagem, inclusive, eh, estra... a estrada pra Friburgo é muito bonita, mas ela, existem pedaços até perigosos e acidentes vários têm acontecido, lá na estrada de Friburgo, quase todo fim de semana a gente encontra sempre um carro batido. Então a... agora no inverno por exemplo a causa maior é o nevoeiro, quer dizer, principalmente quando vai amanhecendo e que aquela névoa vai descendo ali, então o, o, o motorista tem pouca visibilidade e realmente é muito mais perigoso. Agora, eu acho a cidade agradável, tanto faz no inverno ou no verão Friburgo pra mim é uma cidade ótima. Gosto muito de lá mesmo.
D
 E, e Resende, em termos de localização (sup.)
L
 (sup.) Em termos de localização eu acho Friburgo melhor que Resende. Resende também tem esse problema, porque Resende é baixa, ele fica numa baixada ali, então tem o problema do rio, do rio Paraíba que entrecorta mesmo a cidade, separando em duas cidades. Então, ali também no inverno é bem frio mesmo. Eu quando trabalhava ali, nós íamos para o escritório sete horas da manhã. Eu trabalhei ali no serviço de extensão rural. Então o nosso escritório ficava beirando mesmo o rio Paraíba, né, ficava encostado ali à margem do rio, então quando nós saíamos de casa, tinha uma ladeirazinha, né, tudo branco, inclusive os, os motoristas ainda nesse horário de sete horas da manhã, eles dirigiam com os faróis acesos, quer dizer, a névoa por causa do rio vai baixando ali, então a névoa é bem, a cerração é bem forte mesmo. E acontece também de no verão o, o calor também ser muito forte lá em Resende. Agora o, ah, Resende assim em termos de, de clima de comunidade é muito diferente de, de Friburgo, eh, porque Friburgo é mais uma cidade turística, o que não acontece com Resende. Resende é, eh, lá existe a escola de A... das Agulhas Negras e que tem uma atividade totalmente diferente da cidade, então não há assim em termos de turismo ... Existem as áreas turísticas na periferia, no caso de distritos dali, Itatiaia, Engenheiro Passos e Capelinha, inclusive colônia de finlandeses, que é bastante frio, Morro Azul, que fica acima de Resende, que é distrito de Resende e fica acima de Resende, Morro Azul não, Campo Belo, que fica mais ou menos uns mil e oitocentos metros de altitude, é um distrito de Resende, ali é frio mesmo. Inclusive nós trabalhávamos ali e toda semana nós tínhamos que fazer uma supervisão em determinadas fazendas na parte de assistência alimentar. Então nós, como nós subíamos no inverno, como nós saíamos seis horas, porque seis horas ali em Resende já estava começando a, a clarear, quando nós chegávamos, uma hora e quinze de viagem, em Campo Belo, lá estava começando a clarear, umas sete, sete e quinze mais ou menos. No inverno, isso no inverno. Então nós sofríamos inclusive aquela, no, no próprio mu... município, nós sofríamos, eh, uma vez por semana essa diferença de altitude, assim, em termos de uma hora e meia de viagem. Quer dizer, Campo Belo é, é um distrito de Resende. Nós fazíamos um trabalho ali interessante. E também o clima ali em Campo Belo, eh, eh, interferiu muito no nosso trabalho, porque determina co... o fazendeiro acorda muito cedo, então as, as donas de casa, elas tinham um problema na, na ordenha dos animais, das vacas por causa do tempo, da temperatura ali. Elas não suportavam, porque, às vezes, no inverno mesmo caía até geada ali em cima. Então quando nós chegamos lá, você abriu uma torneira assim a água está gelada, chegava aquele gramado branco, branco, então as crianças não tinham condições de penetrar nos estábulos pra fazer ordenha, então nós tínhamos que atrasar um pouco a nossa supervisão, a nossa orientação devido ao clima. Quer dizer, ali havia interferência no nosso trabalho em relação ao clima da região.
D
 (inint.) geadas?
L
 Pegávamos lá em cima até ... Inclusive lá existe colônia de finlandeses, é a parte turística ali, fora, nos distritos, porque dentro de Resende mesmo, da cidade mesmo, ali no centro, existe muito pouco turismo. Agora, em Resende que existem uns distritos de Resende que motivam muito as pessoas para turismo. Itatiaia é um e as colônias finlandesas lá pra dentro também, perto de Itatiaia até chegar a Campo Belo, tem muito assim, muitos hotéis bons, assim, vários hotéis e o clima, isso também, muita gente que gosta de clima frio e o clima ali, no caso, favorece o turismo, né? Campo Belo tem muitos sítios, muitas fazendinhas pequenas e aquela, aquele contacto com a natureza, quer dizer, tudo isso é motivação pro público, principalmente quem mora em, em centro urbano, em cidade mais aglomerada, procura os feriados assim, férias de filhos assim, pra ir pra esses lugares, o clima lá é muito bom (sup.)
D
 (sup.) Você já viajou pra fora do Brasil?
L
 Não, eu agora, a primeira vez que eu vou viajar vai ser a Argentina. Eu tenho uma viagem programada à Europa, mas é em grupo, é de turismo, aí tem de ver período de férias e problema financeiro também, né, porque professor tem sempre um problema financeiro. (riso)
D
 Qual seria a época, assim, do ano que você gostaria assim mais de ir à Europa? (sup.)
L
 (sup.) Olha, a Europa pra mim seria na, na primavera. Primeiro que eu sou friorenta demais, eu gostaria de ir no inverno à Europa, porque em termos assim ... No Brasil nós não temos neve, eu acho que essa parte assim, eu gostaria de conhecer. Mas eu digo que meu organismo não agüentaria o zero grau, nem abaixo de zero grau, porque eu sou friorenta mesmo, então eu preferiria ir na primavera, sinceramente. O clima ameno, quer dizer, um pouquinho de frio mas nem tanto frio quanto no, o inverno. O frio de lá na primavera é o nosso inverno aqui, que é quase nenhum. E teria dias claros, dias abertos, dias bonitos. Eu prefiro esses dias do aqueles dias de inverno, mais sombrio, mais triste. Eu gostaria de ir um inverno na Europa, nos Estados Unidos pra ter aquele contacto mesmo com aquele frio que, que eles têm lá e que nós não temos aqui. Mas pra mim seria só um contacto assim, só pra mim participar um pouco daquilo lá e vir embora, não ficar mais, em termos assim de turismo eu gostaria mais no verão ou na primavera, eu prefiro mais, muito mais.
D
 Você não gostaria de ir, por exemplo, no verão pra Europa?
L
 Não. Gostaria de ir na primavera. O verão também lá é como quase o nosso verão aqui, né, e eu preferia ir na primavera.
D
 É, porque lá tem assim períodos do ano bem delimitados, bem marcados, o que é diferente. Pra nós como é, quais são as diferenças assim fundamentais em termos de época do ano?
L
 Nós aqui no Brasil nós temos a nossa diferença em épocas do ano em termos de clima, eh, ah, eh, este ano é que o nosso inverno está sendo aqui, está sendo um pouco mais, mais rigoroso. Mas em termos de, de, de diferença de clima nossa aqui, quan... quando eu me refiro a primavera, eu me refiro assim à época em que eu acho, assim, a natureza mais bonita, entendeu? E em termos de temperatura, eu acho que a base de, de, de, de uns vinte e seis graus a trinta graus, trinta e três, por aí. Aí eu imagino em termos de temperatura, na meteorologia eu me refiro a essa temperatura e me baseando também em termos de natureza, em contacto com a natureza, eu acho que a época pra mim é mais bonita, que, sei lá, me, me emociona mais, eu acho a primavera (inint.)
D
 Agora, uma coisa que acontece muito aqui no Rio, às vezes, tem enchentes e tudo, eu acho que isso marca bastante, não é, as diferenças (sup.)
L
 (sup.) Certo (sup.)
D
 (sup.) No tempo, né? O que que você acha dessa época?
L
 Eh, a gente está se referindo ao Rio de Janeiro?
D
 É.
L
 Ao Rio de Janeiro. Bom, nesse tempo de, de, de um caso de uma enchente, eu acho que a enchente existe quando ... Isso é esporádico no caso, o clima, em termos de clima, se vem uma, uma tromba dágua pode ocorrer uma enchente, então isso eu já acho quase que um incidente meteorológico, isso não é uma constante no nosso clima. Então quando acontece de haver enchente no, no, ser uma constante, então aí vem um problema que eu acho da falta de saneamento e outros, porque pode haver uma enchente e não ter chovido tanto aqui não. Quer dizer, encher a cidade tem que ter chovido tanto assim que levasse a, a se denominar uma enchente, certo? Agora quando a enchente está relacionada mesmo com, com o clima, no caso, com uma, uma, um temporal muito forte, aí eu já acho que é um, foi um incidente. Então todos nós devemos estar preparados, isso pode trazer danos a, a, a co... a uma comunidade, certo, com problemas que daí ocorrerão como doenças e aí eu já acho também, que também é um problema de, de, de precaução que se deve ter, tanto a um indivíduo, só o indivíduo quanto o grupo social, quanto a comunidade, quanto as, as repartições de assistência a, a, ao indivíduo nessa par... nessa parte de, de, de proteção. Aí, eu acho que, por exemplo, no, na Guanabara nós temos vários morros ali encostas, eh, inclusive, eh, maltratadas que já estão com uma, um declive assim bem acentuado e que providências poucas têm sido tomadas. Então, às vezes, um temporal, no caso, poderia trazer uma conseqüência catastrófica, inclusive pra população. Mas esses temporais no Rio de Janeiro, eles são incidentes, eu acho, porque o nosso inverno é aquela chuva miúda e o nosso verão que é mais castigado. Então eu acho que, que o, esses, essas seções de saneamento e tudo tem que estar preparado pra ajudar a cidade a suportar esse, no verão, esses, o que são as chuvas mais tempestuosas. Então eu acho que isso é quase que um problema de serviço público, porque o povo, no caso, o povo tem que refazer a sua morada, certo, contra essas intempéries. Então ele procura dar um alicerce maior a sua casa, proteger a sua casa, a redondeza, o redor da sua casa. Agora essa parte de saneamento, a enchente que, que traz problema para o tráfego, que traz problema para, para o, o, o, o carioca poder se locomover da sua casa, da sua residência até o, o local de trabalho, aí eu já acho que é um problema já público, um problema já de uma entidade, de uma instituição pública, no caso.
D
 Eh, quando, quando chove a gente tem assim alguns indícios, não é?
L
 Certo, serviço (sup.)
D
 (sup./inint.)
L
 (sup.) De meteorologia, às vezes, anuncia (sup.)
D
 (sup.) Pois é (sup.)
L
 (sup.) De acordo com a maré, de acordo com a onda que está lá, lá no pólo tal e vem se deslocando, então eles vão anunciando as frentes frias ou tempo mais aberto, porque geralmente no mar é que ficam depositadas aquelas nuvens que, às vezes, elas se, elas caem no mar, como se diz, eh, aí que eu não sei (riso). Eu tenho caso de ... Não digo as nuvens, elas podem se dirigir pra outros locais, dependendo dos ventos, certo? Então o mar, o indicador, indicador para o metereo... meteorologista é justamente a posição des... da, do vento em relação as, a essas nuvens que vêm de outros pólos, certo? Então eles se baseiam através, eh, da maré e dos ventos que sopram (sup./inint.)
D
 (sup./inint.) se olhar pra esse céu de hoje, acha que não vai chover, não é? Mas (sup.)
L
 (sup.) Eu ... Ahn?
D
 Qual seria assim o aspecto do céu?
L
 O aspecto do céu são as nuvens (sup.)
D
 (sup./inint.)
L
 (sup.) São as nuvens mais cinzentas, uma, um vento de repente, um, não digo um vendaval, não chega a ser um vendaval, mas pelo menos aumentar um pouco a velocidade do vento, certo, e as nuvens eu acho que aí já é um indicador também grande pra você dizer que, se vai ou não chover. Porque depende do, da, da, da, do local que o vento vem, certo? Porque aqui, por exemplo, nós aqui, se o vento vem de cá do sul, então nós achamos que vai chover e chove mesmo, certo? Se vem de leste pra lá, nós já achamos que ele vai para o litoral e que não vai chover, então nos... nosso indicador aqui, no caso aqui na universidade, que esse prédio já foi de meteorologia, né, não sei se vocês (riso/sup.)
D
 (riso) Ah, é, é?
L
 (riso) Esse prédio era observatório da, da, da, do Rio de Janeiro. É. Aqui em cima, nós temos aqui em cima o ... Como é, uma espécie do ... Onde eles colocavam mesmo o aparelho pra medir a temperatura do local, do, do Rio de Janeiro, o estado do Rio todo. Existia o, o serviço de meteorologia do ministério da Agricultura foi aqui. Mas nós temos mirante. Mirante é aquilo onde ficava localizado o aparelho, por isso que eu achei uma coincidência muito grande (risos/inint.) meteorologia (sup.)
D
 (sup.) E aqui a temperatura em geral é mais fria ou mais al... ou ma... ma... mais alta, como é?
L
 Em relação a quê?
D
 Ao (inint.) assim ao centro.
L
 Ao centro. Aqui nós, ó, o local aqui é o mais alto da universidade (inint.) não sei a altitude, mas ele é, é o local mais alto daqui da universidade. Então às vezes acontece aqui na, no, no inverno, por exemplo, hoje, por exemplo, está muito mais frio aqui do que lá embaixo. Agora isso depende muito da corrente de ar, depende, porque aqui, nós aqui é, é uma qua... é uma baixada, então nós não temos, eh, morros, montanhas à volta, então se venta muito, às vezes acontece de ventar demais e quando o vento vem do sul, então, é impressionante. As telhas voam, cai telha aqui, o colégio fica quase sem telha quando vem esses vendavais. Porque tem o litoral todo (inint.) de Mangaratiba, então sai do Rio, a Rio-Santos do lado de cá. E quando o vento vem do sul, vem todo do litoral pra cá, você sente mesmo, aí nós sabemos que vai chover e chover aqui ocorre, ocorre esse vento de chuva que é, é, é forte mesmo. E aqui é bem mais arejado, é mais alto e pelo menos a, a planta física, a parte física, né, do pr'edio, com essas varandas, janelas todas de vidro aberta assim, então já dá, já tem uma ventilação maior. Quer dizer, às vezes isso é prejudicial porque tem corrente de ar aqui, nós temos uma enorme aqui na frente. Quando venta mesmo, tem que fechar, quando chove tem que fechar toda a escola, parece que a escola está sem expediente, fica o pessoal todo confinado aqui.
D
 (sup./inint.) se você já esteve em Brasília?
L
 Já.
D
 O que que você acha do clima de Brasília?
L
 Eu gosto muito do clima de Brasília, eu acho um clima estável, certo? Um clima com poucas mudanças em Brasília. Durante o dia está aquele calorzinho suportável e à noite você sempre dorme bem. Eu gosto do clima de Brasília, sinceramente, aquele cerrado ali (inint.) porque é aquele tipo de clima ... A cidade em si, pra mim, não me oferece muita motivação também não, mas o clima ali eu acho interessante, gosto (sup.)
D
 (sup./inint.)
L
 (sup.) No início eu senti muito porque é muito seco. Então o clima sendo muito seco, eu tive um problema, eh, eh, nasal, tremendo, também de garganta, eu tive problemas grandes ali, tive até que ir ao otorrino. Mas depois eu fui me habituando, entendeu, agora eu vou a Brasília já não tenho problema. A minha pele rachava, eu tinha uma série de problemas por causa do clima muito seco, mas depois eu já fui temperando, os médicos já me orientavam: beber água de tantas em tantas horas e a comida tem que ter sempre um líquido, então eu fui me habituando e hoje eu gosto do clima lá em Brasília, gosto mesmo (sup.)
D
 (sup.) Você foi em que época do ano?
L
 Olha, eu já fui muitas vezes a Brasília, geralmente vou umas duas, três vezes, eu vou a serviço, às vezes vou nas férias que eu tenho um irmão que mora lá, parentes, primos, tios e eu estou sempre lá, mas nunca fico muito tempo porque realmente (riso) eu não gosto muito de Brasília, gosto do clima porque o clima de lá é muito bom, mas do lugar eu, eu não sei, me dá uma depressão, uma coisa que ... É aquela depressão mesmo, a palavra é essa. (riso) Não posso ficar mais de oito dias, dez dias, só quando eu vou assim a congresso, que eu, às vezes, sou obrigada a ir, então aí você trabalha, eu já me distraio mais, às vezes eu nem quero ir embora. Um congresso que nós tivemos lá em setenta e três, nós ficamos doze dias lá e eu saí com saudade de lá, mas era um grupo grande, todo mundo trabalhando, um trabalho até interessante, então aquilo me, eu fiquei satisfeita. Mas às vezes eu vou lá pra visitar parente, vou lá, fico três, quatro dias e não agüento ficar mais. Agora, o clima eu gosto. O tra... o, os locais de trabalho eu gosto, mas eu sinto uma angústia tremenda, não posso ficar muito tempo não. (riso) Não sei por que não, eu tenho que me acostumar mais.
D
 Mas o cerrado (inint.)
L
 O cerrado eu gosto. Eu gosto de ... Apesar de que eu gosto de natureza mais viva, entendeu, e Brasília é uma natureza, ali é mais morta, né, porque o cerrado você olha assim mas, sei lá, é uma, uma beleza triste, não sei te, te dizer assim não. Eu acho aquilo bonito e ao mesmo tempo eu acho triste, aquele cerrado. Eu gosto de passear na redondeza, ali, nos campos à volta, sempre nós passeamos de carro. Mas eu acho bonito, mas eu acho triste.
D
 Você não acha que (inint.) várias vezes o clima lá mudou um pouco?
L
 Olha, ano passado, a última vez que eu estive lá foi, eu estive, eu estive em julho, depois estive em dezembro. Eu não tenho sentido mudança, sinceramente, de clima, não. E aquele clima seco pra mim eu acho que eu já estou, não sei se meu organismo já acostumou, também eu não sinto mais aquela secura como eu sentia no início, inclusive na pele, na garganta, eu tinha problemas mesmo de, de espirrar e sair sangue do nariz mesmo, da boca, eu tive problema mesmo no início. Não tem ... Sinto aquele clima ... Agora, os temporais em Brasília são impressionantes, né, os temporais, as trovoadas por ser mesmo planalto ali, quer dizer, na pri... a primeira, o primeiro temporal que eu peguei em Brasília eu, eu te digo: eu me assustei mesmo com as trovoadas, eu tive medo, sinceramente. Depois também me acostumei. Agora, ali é assim, chove, dá um temporal, uma tro... trovoada, daqui a pouco o sol abre, quer dizer, eu gosto desse clima sim. Não é bem o clima, é o tempo mesmo. Agora o, em Brasília acontece isso, as estações do ano são muito marcadas, então o indivíduo sabe lá a parte ... A chuva só começa em outubro, então chove, chove, chove até dezembro, janeiro chove, chove, chove, chega março abre o sol e faz sol de março a setembro. Então o, o povo já conhece o clima de Brasília porque ele lá é marcado. Então ele só tem chuva e sol porque o ... Ah, pra mim, eu não sei, pode ser que eu esteja enganada, mas eu acho, em termos de temperatura, eu acho igual. Agora o problema é de chuva e sol. Um período com muita chuva e um período com sol e frio, com sol e frio, sim, às vezes faz sol e frio e chuva e frio, porque o, janeiro lá, o nosso clima aqui na Guanabara chove, mas vai ver lá está frio, bem frio lá em Brasília em janeiro e chovendo. Quer dizer, chove de outubro a fevereiro mais ou menos, em março começa sol e aquela seca, seca, aquele pozinho impressionante e não chove mesmo, quer dizer, é bem marcado inclusive o clima em Brasília. Que mais que eu podia falar de clima e de meteorologia, essas minhas experiências, (riso) deixa eu ver se lembro de mais alguma coisa.
D
 E problema assim de, da chuva e da época fria, eh, em relação assim a sua observação dos ventos ...
L
 Ah, certo, é claro! Toda cultura, no caso as culturas, elas têm determinada época do ano, certo? Agora com os adubos químicos, os adubos orgânicos misturado com adubo químico, então, ah, nessa parte eu acho que tecnologia avançou muito. Então, às vezes, determinada culturas que nós plantávamos determinada época, hoje já se planta quase o ano inteiro. Isso eu estou ligando é porque o colégio é agrícola, então eu, eu estou a par de mais ou menos, determinadas culturas acontece isso. O que nós plantávamos em determinada época antigamente, hoje depen... essa cultura, alface, por exemplo, existe alface de verão, alface de todos os climas. No caso a couve-flor tem que ser plantada no, no clima frio, então já existe uma, uma evolução maior nesse, nesse, em termos de culturas regionais, culturas de hortaliça ou de agricultura, já existe uma, uma evolução muito grande na colheita e na produção desses, desses produtos. Agora, o clima tem uma influência muito enorme, inclusive o clima pode até prejudicar a colheita, como no sul as geadas prejudicam a colheita do café, como prejudicam a colheita de, de arroz, a enchente pode prejudicar a colheita de arroz, a colheita de trigo, então traz benefício e traz malefício. Quer dizer, o clima melhor pras plantações deve ser aquele clima de acordo com, com a época do seu plantio. Porque, por exemplo, quando eu falei há po... Ah, anteriormente, se existe dependendo da época do plantio de, de trigo e que, de acordo com a tecnologia já se pode plantar trigo o ano inteiro, em termos assim de, de pesquisa química, de adubo, de fertilizante, conservação do solo, etc. o clima pode interferir, porque no caso do arroz, no caso do trigo, se for num cli... numa época em que as enchentes, que é a época do nosso verão, que ocorrem, as enchentes ocorrem com mais freqüência, vai ocorrer também o quê? Vai ocorrer a falta de, da, da, da produção, quer dizer, pode perder a produção daquela cultura devido ao clima, como a geada também pode queimar. No sul agora, no Paraná houve problema do café, quer dizer, as geadas, eh, deu pro... eles tiveram problema da ferrugem, depois problema das geadas agora no café, que a safra vai ser muito, muito inferior ao do ano passado, eles estão quase na, na época do pique, inclusive, né? Quer dizer, o clima tem influência no plantio, eu acho que tem influência até no calo, pra quem tem calo, o clima também (riso) tem certa influência. Então eu acho o clima importante na vida de todos nós, eu acho em termos de trabalho, em termos de, de, de doença até, dizem que o reumatismo, quando esfria, a coluna dói, o reumatismo dói, então eu acho que a, a vida do homem está relacionada com clima em si, indiretamente, está. Se ele trabalha nas grandes cidades, ele po... o clima pode ter uma influência muito grande no seu transporte pro trabalho, dependendo de um enchente, um caso. Se ele trabalha no interior o clima pode atingir sua colheita e ter influência tão, tanto positiva quanto negativa pra produção do seu trabalho. Quer dizer, quem fica dentro de casa, está doente, o clima pode também interferir ou calo ou coluna ou no reumatismo. Quer dizer, é importante na vida de todos nós. Eu não gosto muito de pensar em clima não, eu acho que (riso/inint.) ainda não sofreu muita interferência na minha vida não, mas vai chegar a hora que vai, né? (riso) Às vezes, um fato, né? Quer dizer, eu moro em Bangu. Você quer ir a um teatro em Copacabana um dia de domingo, você se arruma toda, vai que cai um temporal, são quarenta e cinco minutos de viagem, então você, aquilo interfere, interfere. Quer dizer, não são fatos isolados, não assim em termos gerais, eu não sinto assim grande interferência do clima na minha vida, em si. Agora em fatos isolados, claro que interfere, você às vezes programa uma indumentária, na hora de sair está aquele clima, você troca, aquilo já perde tempo de trocar a roupa, você já se atrasou pra, pra sair de casa. Quer dizer, nesse ponto eu acho que todos nós estamos quase que subjugados ao clima. Eu acho que, que interfere na nossa vida, bem ou mal, interfere (sup.)
D
 (sup.) E, e o verão e o mar como é que fica?
L
 Ah, o mar eu, eu sinceramente (sup.)
D
 (sup./inint.)
L
 (sup.) Eu gos... eu gos... (sup.)
D
 (sup./inint.)
L
 Bom, no mar, ah, o clima, claro, em termos de, de, você diz em termos de turismo, em termos de passeio ou em termos de quê, de influência da, do clima?
D
 Tudo.
L
 Do mar?
D
 Tudo o que você lembrar.
L
 Bom, em termos de clima a gente procura, geralmente procura-se o mar no verão. Então o verão é, é, é a estação do ano em que o indivíduo procura mais o mar. Claro, porque faz calor, o mar oferece aquele banho gostoso, né? Agora, o mar também no inverno, eu gosto de passear beirando praia. Não na praia, eu digo de carro, ali na orla marítima, no inverno, eu acho bonito o mar ne... nessa época. Não pra ter o contato direto com o mar, de tomar banho de mar, mas apreciar o mar, eu gosto, inclusive quando, quando está frio o mar, a, a, a, vai ca... a névoa vai descendo, então vai ficando esbranquiçado, eu gosto. Agora eu acho que a maioria das pessoas prefere o mar no, no, no verão. Eu não gosto muito de banho de mar, eu gosto de ir à praia mas não gosto muito de banho de mar.
D
 Por quê?
L
 Não sei, vou dizer sinceramente: eu, eu gosto de entrar no mar uma ou duas vezes, mas ficar o dia inteiro ali, dizer que eu aprecio banho de mar, não. Eu vou mais à praia pra passear, pra ler, com grupo, conversar, pra ficar lendo, sabe, fazendo qualquer coisa assim. Mas o banho de mar em si, eu não, não, não sinto muita atração. Eu gosto do mar mais pra passear, a praia.
D
 E você gosta quando o mar está sob que forma? Porque o mar não está sempre (sup./inint.)
L
 (sup.) Claro, claro, às vezes ... Pra apreciar eu prefiro, para apreciar eu prefiro o mar mais tumultuoso, viu, aquele mar com as ondas mais revoltadas, etc. Agora, pra tomar banho eu prefiro o mar bem calmo, bem lento, bem sereno (riso/inint.) não tenho muita atração por mar não, sinceramente. Mar e altura (inint.) assim eu acho que o mar me agride, entendeu? Eu tenho medo de violar uma onda, juro que eu tenho. E a altura também é um outro problema meu, é o problema de altura. Freud deve explicar bonitinho, né? (riso) Mas a altura pra mim, é impressionante, também eu tenho, eu tenho uma atração tremenda, eu olho assim, quando eu vou, eu vou ao precipício, ter que olhar assim ... Às vezes a coisa não tem tanto perigo, mas eu já me sinto angustiada, não gosto. O mar, eu gosto de apreciar, gosto de tomar banho de praia, agora, não gosto daquele mar violento, daquele mar rebelde, não gosto mesmo. Tenho medo do mar, sinceramente. Gosto do banho de praia, gosto de grupo, gosto de ir à praia, tudo isso eu gosto, mas enfrentar o mar, eu não entro numa canoa nem amarrada, (riso) não entro mesmo (inint.) deve ser algum problema de infância que eu não me lembro, andar de canoa.
D
 (inint.) e você estava falando que, que gosta do banho (inint./sup.)
L
 (sup./inint.)
D
 (sup./inint.) litoral. Você prefere morar num lugar com litoral ou mais para o interior?
L
 Olha, entre litoral e montanha, eu prefiro as montanhas. Quer dizer, em termos de, de, de morar, de fixar residência. Agora, isso se eu tiver que fazer uma opção, certo? Agora, se eu puder ficar entre os dois, entre (riso) o litoral e a montanha, como nós ficamos aqui na Guanabara, eu prefiro, viu, eu prefiro. Agora, se eu tiver que fazer opção entre o litoral e a montanha, eu prefiro a montanha (sup.)
D
 (sup.) Mas por quê? O que que as montanhas têm que a, a (sup.)
L
 (sup.) Bom, eu digo ... Aí, você pode dizer: ah, você está sendo incoerente, porque disse que gosta do verão e está escolhendo a montanha. Agora em termos de se sentir bem, em termos de local, não levando em consideração o clima, em termos de local, eu gosto mais das montanhas, então eu pre... eu estou pensando assim, numa montanha no verão, sem aquele excesso de frio, certo? Então eu estou pensando na montanha no verão. Em termos de local, eu prefiro mais a montanha. Não sei, eu acho, não tem, talvez seja uma atração mais interior, uma coisa assim mais de emoção, eu acho que mais um, um estado emocional, eu me sinto melhor nas montanhas. Eu prefiro andar a cavalo, eu prefiro andar de charrete, sabe, eu prefiro fazer aquelas coisas, até piscina na, na montanha também vai ter que ter, né? Se eu tivesse que fazer opção, agora eu gosto sempre de ver o mar assim, ter contato com o mar, mas não ficar morando no litoral.
D
 (inint.) porque agora ela já começou a se interessar por clima, lá, está procurando no jornal (sup.)
L
 (sup.) É. Certo (sup.)
D
 (sup.) O que que você está procurando em jornal?
L
 Olha, em jornal eu estou procurando primeiro em relação ao clima, a temperatura antes de Buenos Aires, porque agora chegou até quatro graus semana passada, eu já estou me apavorando. Então o problema é de, de indumentária, eu tenho que arrumar, ver as vestimentas, o que que eu vou ter que levar pra lá. Estou procurando em termos de, de, de turismo mesmo. Os locais onde nós vamos conhecer, porque nós vamos ficar lá só dez dias. Então, compras, eu não pretendo fazer grandes compras, eu vou mesmo pra passear, pra conhecer, e é mais turismo mesmo, procurar os locais melhores, em termos de peças de teatro, em termos de, de, de locais, de boate, de turismo, de, de museu, de cultura assim também (sup.)
D
 (sup.) Não é (sup.)
L
 (sup.) É o nosso interesse maior (sup.)
D
 (sup./inint.) você disse que lá chegou a quatro graus. Mas qual é o tipo de clima em Buenos Aires? É, é um clima seco como é o do Brasil?
L
 Não. Eu ainda ... Hum, aliás um professor nosso (inint.) veio com a esposa de lá há pouco tempo, ele me disse que o clima se ... Eu ainda não, não obtive assim uma resposta fidedigna, ele me disse que o cli... Quando ele foi, ele foi no verão, então o verão lá também é castig... é tão rigoroso quanto o nosso verão aqui. Então ele disse que no verão ele se sentiu bem, porque o nosso verão aqui, às vezes, a gente se sente afrontado, se sente até mal. Agora lá ele se sentiu bem no verão, ele achou o verão de lá diferente do verão nosso aqui. Agora em termos de clima seco, clima úmido, eu ainda não obtive nenhuma informação e é importante que a gente tenha essa informação porque o clima úmido, o frio úmido também mata mais do que o seco, frio úmido é tremendo. Eu ainda não, não sei lhe dar essa resposta porque eu ainda não, não tive ainda a oportunidade de ter contato com uma pessoa que tivesse ido lá em pleno inverno. Então eu já estou me preparando mais ou menos ... Eu estou imaginando um clima como Porto Alegre. Porto Alegre tem altos e baixos, às vezes o clima é seco, às vezes é úmido. O problema também é de litoral ali, né?
D
 E o nordeste?
L
 Olha, eu conheço pouco ... O nordeste eu cheguei só até a Bahia. E eu, inclusive eu iria ao nordeste a... agora em julho. Eu gostaria muito de ir ao nordeste, mas breve eu irei lá, foi falta de oportunidade (sup.)
D
 (sup./inint.) a região sofre alguma influência do clima (sup.)
L
 (sup.) Ah, certo. O, o, o Brasil inteiro, eu acho que, que a região nossa é, é mais, eh, beneficiada pelo clima, apesar do, das geadas, do que a região sul, e a nossa aqui, a região leste, que é a sudeste agora, né? Então a nossa região, acho que é o ma... a mais beneficiada, inclusive eu acho que é a sudeste. Pra mim, é porque o nosso clima frio não é tão rigoroso e o verão é rigoroso, mas nós já nos habituamos, ao passo que no sul é tão, tão rigoroso no inverno quanto no verão. Agora, no nordeste, o clima, o clima é quente que (inint.) principalmente na época das secas e a influência lá é tão grande que chega a ser um problema quase ás vezes de calamidade pública, porque os fazendeiros, eles, eh, eh, eh, são obrigados a se deslocarem das suas fazendas pros, pros centros maiores, às vezes sem assistência, perdem tudo. Ocorre, às vezes, o êxodo rural também por falta de assistência no meio rural, porque os lavradores na época de colheita não conseguem uma produção que satisfaça pra manter a família, então o clima, eu acho que o nordestino, eu tenho a impressão que o nordestino deve viver, coitado, à base do, do, do, do, da comunicação com o serviço de meteorologia porque, principalmente nordestino de interior, né, porque os das grandes cidades, eles já têm assim um, um, uma colaboração maior do, do, do governo, já têm assim uma profissão mais estável, ao passo que o fazendeiro e o lavrador eles são os que devem sofrer mais esse problema do clima no nordeste. Cada produção (inint.) então, às vezes, acontece do ... Ultimamente eu acho que as secas, ultimamente não estão tão rigorosas com... como antigamente, porque o governo, inclusive, já tomou providências, inclusive, já existem os açudes, já existem os recursos que já ajudam o, o, o lavrador. Que, quando eu era criança, eu ouvia barbaridades em, em questão de seca no nordeste, os livros mesmo. Tem cada livro de, de Graciliano Ramos, meu Deus, que horrores que contam! E hoje nós já vemos a seca, nós assistimos isso, mas eu acho que em muito menor escala que há uns anos atrás, porque a (inint.) principalmente a, a SUDENE, né, SUDENE que fez um trabalho extraordinário lá no nordeste, quer dizer, as providências estão sendo tomadas, agora o clima é a natureza, é mais forte muitas vezes, e algo se prepara como determinados açudes, e, às vezes, uma barragem daquela estoura, quer dizer, eu acho que, que o clima é importante lá. Agora o homem, inclusive, com o avanço da ciência e com os meios, os recursos econômicos, eles estão tentando sanar o problema através de açudes e fazendo sangria de determinados rios, determinados locais para ajudar os fazendeiros. Eu acho que ultimamente se escuta tanto como eu ouvia na minha infância, na minha adolescência o problema da seca do nor... do nordeste. Hoje a coisa está muito mais controlada, eu acho, nesse ponto eu acho que os recursos foram maiores e trouxeram benefícios também para a região.
D
  Está bom.