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PROJETO NURC-RJ

AMOSTRA COMPLEMENTAR:
Inquérito 27 (feminino / 76 anos)
Tema: Transportes e Viagens
Local/Data: Rio de Janeiro, 03 de setembro de 1996
Tipo de Inquérito: Diálogo entre informante e Documentador
Documentador: F L


DOC. - o que a senhora poderia falar sobe esse tema de transportes e via::gens... tudo que a senhora poderia falar esse tema...
INF. - bom o tema é vasto... am... o que eu:: falarei naturalmente é sobre minhas preferências... é ... esse tema ... em relação a transportes há dois aspectos que a gente de::ve a/abordar ... um é o transporte diá::rio ... é ... para atender as necessidades de trabalho é... em que naturalmente que eu prefiro o transporte PARTICULAR não é ?
em que eu dirijo meu CARRO na própria velocidade que:: eu acho ADEQUADA sem prestar atenção a que os vizinhos impacien::tes que buzi::nam pensam que eu estou no caminho DELES::.. ao invés de ver que estão neurastênicos... am... ENTÃO esse é um dos aspectos que:: e como eu ABORDO eu acho que tem dado certo... porque felizmente eu não tenho sido vítima de acidentes:: ... mas isso é o transporte na CIDADE... é claro que eu não gosto de andar em ônibus em PÉ ... e:: evito tanto o quanto possível esse tipo de transporte coleti::vo eh (...)
DOC. - agora com as obras do Rio Cidade ... que que a senhora está achando que mudou no TRÂNSITO? ... os transportes com fico/ como ficaram ...
INF. - em consequência das obras?
DOC. - é...
INF. - bom essas obras:: não me pergun::te o que eu acho DELAS ... porque eu as acho já que foi abordado o assunto ... eu acho que o encaminhamento foi muito MAL... há uma prioridade número um no Rio de Janeiro que é o metrô OU como estão querendo abordar atualmente o trem BALA... eu não tenho condições para ter preferência por um ou pelo outro ... mas:: o Rio de Janeiro está intolerá::vel... porque os:: ônibus são numerosos DEMAIS ... são desorganizados... são entregues a motoristas quengo têm treinamento para serem e... aqueles que ocupam a RUA e:: também vou fazer uma crítica que eu/ não sei se tem fundamento ou melhor:: que se haveria possibilidade do/da Prefeitura controlar ... o abuso... do estacionamento dos ônibus PIRATAS... os ônibus pirata já são um desastre... por... serem... mal cuidados... e entregues a motoristas também... que não são treinados... para a responsabilidade do... transporte coletivo... ou seja... no cuidado com a vida dos outros e com o conforto dos outros... veja-se... a praia de Copacabana... atualmente... virando estacionamento de ônibus... veja-se o belíssimo calçadão desenhado por Bourlemax... ocupado diante dos hotéis... que não construíram garagens... e que estão estragando o calçadão... o calçadão foi feito para o pedestre... é área de lazer a praia de Copacabana... seus calçadões são áreas de lazer... não são para ocupação... nem pelos fregueses dos hotéis... nem pelos ônibus de turismo... ou piratas... que fazem as linhas... transportando trabalhadores que vão pra Copacabana...
DOC. - podia fazer um paralelo né... do transporte aqui no Rio e de outros países...
LOC. - bom... esse paralelo que você me pediu agora... eu posso fazer... com... base na minha viagem recente... em que... nos meses de julho... e... princípio de... agosto eu viajei trinta dias... ah.... divididos entre a Nova Zelândia... a Austrália... e a África do Sul... passei... exatamente um mês viajando... não vi uma garrafa... não vi um copo plástico... não vi um papel nem um saco plástico no chão... em nenhum desses três países... e... também... todas as conduções que eu usei... circularam livremente sem passar em cima de buracos... porque eu não vi também nenhum buraco nas estradas... eu não sei quantos quilômetros eu fiz de circulação terrestre... aérea eu estimo uns sessenta mil quilômetros... mas pode-se estimar... porque eu viajei... durante uma semana... dentro da Nova Zelândia... cerca de uma semana na Austrália... de sul a norte... ou melhor... de norte a sul... e depois... dez dias no sul da África... nenhum desses três regiões eu vi um buraco na estrada... a pavimentação é liv/ LISA... completamente lisa... e... todas as ruas e estradas... completamente limpas... então... eu não sei porque o Brasil não chega lá... não sei... porque o governo tinha responsabilidade de já ter chegado... perto do primeiro mundo... num país que é rico... que infelizmente tem muito analfabeto... mas que haveri/ que devia haver programação... pra educar... ou para mulTAR... porque nos Estados Unidos em todas as cidades se se cuspir no chão paga-se uma multa... é... que é muito elevada... papel no chão -- há muitos anos atrás... nos anos setenta... já custava cem dólares... em muitas das cidades... e nas estradas jogar um papel pela janela do carro... um... copo lá o que fosse... custaria cem dólares mas curpir/ cuspir no chão na cidade de Washington... se não me engano custa quinhentos dólares...
DOC. - coitados de nós...
LOC. - eu não sei porque o brasileiro tem tanto cuspe na boca... e cospe em todo lugar... bom... esse não é um aspecto de... transporte... mas é uma observação... ãh... local e de viagens... também nunca vi... nunca vi em muitos anos de vida nos Estados Unidos... nunca vi uma pessoa cuspir no chão... e durante muitas viagens a Europa... e essa recente... então... nessa região da... do Pacífico... a... e Atlântico não é... porque afinal de contas a África é... o encontro dos mares... eh... também não vi ninguém cuspir no chão...
DOC. - e quanto à questão dos transportes ... o que é mais utilizado em cada um desses países ?
LOC. - na cidade de Sidney ... o trem aéreo passa por cima da cabeça da gente a toda hora ... ah ... o transporte de ôn/ há poucos ônibus relativamente ... mas/é uma cidade de tráfego pesado ... tráfego pesado porque ... a maioria das pessoas mora FORA do centro ... atualmente se constróem alguns edifícios procurando atrair gente para morar no centro não sei a razão ... mas... o tráfego é pesado no final da TARDE ... é um tráfego ... é ... que eu diria comparável ao tráfego de acesso à zonas sul no fim da tarde ... mas esses seria o tráfego em Sidney ... o de saída da cidade... poucos ônibus ... o TREM ... muito ativo ... mas se se quiser ônibus ... existem ônibus com horários .. o que não existe no Rio de Janeiro ... não é possível haver horário nos ônibus do Rio de Janeiro ... então o transporte no Rio de Janeiro é um DESASTRE ... e não É desmanchando as calçadas para tirar as/ o calçamento típico do Rio de Janeiro ... das pedrinhas... que eu não sei que destino tomaram ... no volume em que foram arrancadas ... é ... não é com esta solução colocando tijolinhos vermelhos fracos que se vai fazer uma reforma no Rio de Janeiro ... a re/repito a reforma do Rio de Janeiro tem de ser a melhoria do transporte ... as ruas são ( ) de ônibus ... o barulho é in-to-le-rá-vel... os ônibus não são observados no seu funcionamento de poluição... poluição sonoro e poluição química ... eu ( ... )
DOC. - e no sul da África ?
LOC. - o sul da África ( ... )
DOC. - é um país também né ... que não está ( ) que não admiro muito ... mas ...
LOC. - não ... o sul da África ... o sul da África realmente você focalizou bem porque dos três países que eu mencionei é um país ... am... que não é primeiro mundo ... é...porque tem uma população NEGRA muito volumo::sa ... ainda com muita pobre::za ... mas ... o sul da África me deu uma impressão excelente ... deu-me a impressão de que TODOS brancos e pretos estão indo à escola ... a... deu-me uma impressão boa de que brancos e pretos ... jovens ... crianças ... estão recebendo atenção .. porque se vê ... nos parques ... à tarde ... essas crianças com uma atividade dirigida ... am ... nos museus e nos parques por exemplo:: ... Parque de/de Sidney ... o parque de animais selvagens ou animais típicos como queira chamar ... da Austrália... são grupos /HÁ grupos de crianças brancas e crianças PRETAS ... visitando ... então ...
DOC. - juntos ...
LOC. - não ... não ... não os vi juntos ... GRUPOS de crianças pretas dirigidos por pretos ... acompanhados por pretos ... grupos de crianças brancas ... TODOS muito bem comportados ... am ... e visitando e assistindo à demonstrações com muito interesse ... então ... e respeito ... a ... a... a África do Sul teve uma/um desenvolvimento ... muito favorecido em relação ... DEU a impressão ... muito favorecido em relação ... ao restante da África que eu não visitei ... mas do/a respeito de que eu leio né... am... PORQUE foi a civilização desenvolvida pelos holandeses ... alemães e ingleses:: ... a ... que criaram a língua AfricaNER ... eles só se falam em Africaner os brancos entre eles só se falam em Africaner ... dirigem-se em inglês aos visitantes ... os pretos entre si só se falam nas línguas próprias seja o Zuluh... seja outra das dezoito línguas ... e houve uma coisa muito interessante de quando/que ocorreu uma notícia de jornal ... de que estava sendo/ia se realizar um/uma conferência acho que breve ... uma conferência para o reconhecimento de oito senão me engano oito das línguas africanas ... isso é passo a frente porque eles as usam ...
DOC. - fica na marginalidade? mas né?
LOC. - não... não (...)
DOC. - não fica na marginalidade no papel ...
LOC. - não... não fica ... eu acho que é um encaminhamento para não ficar na marginalidade ... a ... eu vi um monumento ... no meio de um campo ... um monumento ENORME ... um monumento à língua ... um monumento à língua... eu não tinha visto ... em neNHUma de minhas viagens que já cobri grande parte do mundo ... nunca vi um monumento à língua esse monumento tem uma/diversos componentes da forma abstrata sendo que um componente deve ter seus trinta metros de altura ... é ... uma forma abstrata e oca ... am ... de um material deve ser um compósito de pedra ... qualquer coisa ... eu suponho que isto represente esta parte representa o AfricaNER ... que é ... vamos dizer a língua princiPAL por ser uma língua reconhecida já ... estabelecida ... uma/havia com a forma semeLHANte uns dois ou três componentes baixos talvez com um metro ... um metro e vinte ... um metro e meio ... que eu suponho que sejam as línguas negras principais ... as mais faladas por exemplo o Zuluh e o ( ) são muito faladas... na África do Sul... e havia uma quantidade grande .. eu não contei de componentes baixinhos que eu acho que são as línguas menos faladas ... achei muito interessante porque eu nunca tinha visto um monumento à língua ... e o desenvolvimento ... tecnológico também ... não é de se jogar fora (...)
DOC. - compatível com o Brasil ... melhor ?
LOC. - não o Brasil é um dos países mais industrializados do mundo ... em sua variedade ... infelizmente a corrupção e a má direção deixam o nosso país no terceiro mundo ... é ... a África tem recursos minerais que esses colonizadores holandeses ... e ... alemães e ingleses ... principalmente os holandeses ... é que ... eu acho que foram os que mais contribuíram para a língua Africaner ... a ... desenvolveram ... então diamantes... ouro ... por exemplo não se encontra praticamente ... raro até se encontrar as jóias/o que nós chamamos de jóia fantasia ... mas se encontra fartamente distribuído o ouro de dezoito quilates e ouro de NOVE quilates ... que é então uma jóia menos cara...
DOC. - e as pessoas andam nas ruas assim ?
LOC. - não ... não ... nas lojas ... muitas lojas ... mas ... há uma coisa que eu quero ressaltar nessa parte de produção industrial que é a produção do VINHO ... hoje em dia o vinho africano é considerado ... o africano do sul ... é considerado um dos melhores vinhos do mundo e a produção é das maiores do mundo ... então na África se bebe o copo de vinho em qualquer lugar ... um vinho excelente am... que está conquistando mercados e:: belíssimas instalações ... muito interessante de notar que a região vinícula não tem casebres ... tem casas pequenas e casas maiores ... todas elas boas casas ... então o trabalhador aquele que/ a produção de vinho que é requer trabalho o ano inteiro não só na época da colheita ... porque a... a... planta ... tem que ter cuidado o ano inteiro ... esse homem que não é ou não se diria ser um homem RICO é um trabalhador simples ... ele mora decentemente ... não sei se ganha bem ... me pa-re-ce se eu bem entendi o salário mínimo é trezentos dólares o que está muito acima do salário mínimo brasileiro ... agora ... existem favelas ... extensas .... nunca vi uma favela de alvenaria ... favela de zinco mesmo... mas à distância parecia organizada (( risos )) ... muito interessante que parecia organizada e nela ... eu:: à distância também vi ... é ... lixo na rua mas isso na vizinhança da estrada e nem a favela transbordava para a estrada e nem a sujeira transbordava para a estrada ... então ... é... é possível conviver ... e ... vamos dizer ... conduzir essas populações pobres que são comparáveis com as nossas ... mas... me parece que estão bem conduzidas ... então ... essa é a minha observação sobre a África do Sul ...
DOC. - ( ) foram tantos né ... gostaria de saber ( ... )
LOC. - que outros ? dessa viagem ?
DOC. - de outras viagens também...
LOC. - bom outras viagens... eu conheci / morei (...)
DOC. - você morou no exterior né?
LOC. - estudei nos Estados Unidos ... recebi fui /treinamento em serviço nos Estados Unidos ... primeiro nos anos cinqüenta ... depois fiz mestrado em Minissota e fiz nos a/nos anos sessenta ... e ... fiz doutorado ... um doutorado tarDIO né? ( ... )
DOC. - tardio?
LOC. - mas fiz o doutorado forMAL ( ) ( ) que é no Estado da Pensilvânia ... então conheço o Estados Unidos praticamente todo e gosto muito dos Estados Unidos ... am... tenho grandes amigos do tempo de estudante e do tempo de trabalho ... do tempo do trabalho ... e que estive associada à americanos quando eu era do departamento da produção mineral então o trabalho associado com o zoológico ( ) ( )
e dePOIS associada num programa da América ( ) com o Conselho Nacional de Pesquisa que foi para o estabelecimento da pós-graduação em química no/na Universidade Federal do Rio de Janeiro ... então aprecio muito a/o modo de independência disciplinada do americano... não discuto ... como eles chegaram a ser primeiro mundo e o Brasil ainda não chegou porque tivemos um princípio muito diferente ... português ficou na Costa ... explorou o negro e o índio ... o americano ... ou melhor ... o inGLÊS deslocado na Inglaterra por religião foi descobrir ouro não na Costa como o nosso... que foi tudo retirado e levado para Portugal ... ele foi descobrir ouro no Centro - Oeste dos Estados Unidos e com isso houve uma migração ... essa foi a minha observação do princípio favorável da/vamos dizer assim da colonização dos Estados Unidos comparando com a nossa ... a riqueza ficou no país e não foi levada para fora ... é... mais alguma coisa ?
DOC. - outros lugares... quanto a transporte na época que a senhora estudou nos Estados Unidos qual era o transporte ... como é agora ...
LOC. - ah... o transporte nos Estados Unidos ... é muito organizado você em um país em locais de nevar de muito frio e de neve ... você pode ir para o ônibus na hora/para o ponto do ônibus na hora certa ... porque o ônibus vai passar .. você não precisa ficar ( ) gelada no ponto do ônibus esperando indefinidamente ... o ônibus passa na hora...
DOC. - é utilizado mais o ônibus ? ... bicicletas como é?
LOC. - bom ... usa-se tudo ...
DOC. - há ciclovias?
LOC. - não ... não ciclovia eu acho que é uma coisa nova ... não é? ...porque um país como a Holanda que a bicicleta é o/sempre foi muito utilizada por jovens e velhos e no dia- a -dia ... eu não creio que tenha ciclovia porque a RUA é a ciclovia ... todo mundo anda de bicicleta na rua e o:: motoRISta que é habituado ... tanto o motorista particular como o motorista de ônibus ele também anda de bicicleta às vezes então ele res/respeita o ciclista...é difícil de andar de bicicleta numa rua de Rio de Janeiro... eh ... você pra andar mesmo tem de ir para ciclovia ... (( risos ))...
DOC. - e mesmo assim tem que ter cuidado ... pode haver uma moto ...
LOC. - é ... talvez ...
DOC. - e outros lugares assim ... o que mais poderia falar sobre suas observações ... sobre outros países ...
LOC. - bom a Europa eu ... a Europa eu conheci pela primeira vez em mil novecentos e sessenta e dois ... era uma Europa /é uma Europa muito diferente da Euro/Europa atual ... não havia conflito ... não é ... não havia conflitos ... não havia ... o que existe hoje de diFÍcil na Europa ... que são as migrações ... que criam os conflitos ... eu ... há protestos na França ... muitos ... aliás ... sempre houve na França ... aliás sempre houve ... o ... os migrantes da África do Norte ... eu acho que tinha um lugar ... hoje em dia ... sabe-se que ... a ... as relações não estão tão pacíficas ... a ALEMANHA que era um país bem alemão ... hoje em dia invadido por migrações da/do/desta/da Europa todos procurando os países em que ... se pode trabalhar e ganhar algum dinheiro ... o que aliás é mesmo a migração nacional também não ? é ... são as migrações do nordeste para São Paulo ... Rio de Janeiro ... estragando completamente cidades que ... nos anos cinqüenta ERAM AGRADÁVEIS ... e que hoje têm todos os problemas dessa migração ...
DOC. - o que não adiantou de nada né ?
LOC. - não sei se não adiantou ...
DOC. - porque as pessoas...
[
LOC. - não resolveu ... no Brasil não resolveu ... porque o /o que precisa resolver é ... tornar o Nordeste produtivo ... que aliás não se pode dizer que não houve tentativas ... por exemplo ... o São Francisco ... há regiões do São Francisco hoje que são produtoras de frutas ... de cebola ... de melões ... de ... né ... mas precisava haver mais .. eu quero que se saiba que eu estou criticando de fora ... eu nunca tive um cargo de administração ... mesmo porque sempre me recusei a tê-los ... tive várias ofertas mas... não ...eu sou uma pessoa de produção ... não só/ e...
DOC. - não só de enrolações ...
LOC. - não de enrolações ... (( risos ))
DOC. - verdade né ... então termina aí ... o que você...
[
LOC. - sobre transportes eu não posso concluir nada ... ou melhor ... peço desculpa por essa frase mal construída ... não posso const/concluir nada quer dizer que eu não poderia concluir não pra Letras (( risos )) eu não deveria construir uma frase como esta ... mas isso é um modo de falar corrente ... eh ... então sobre transporte s eu pouco posso ... propor ... a não ser pedir ... pedir que os ... aqueles que têm os cargos chave ... eh ... estudem ... melhor ... a ... no sentido de dar uma solução definitiva ...
DOC. - planejem né ...
LOC. - planejamento ( ... )
DOC. - isso é o que falta ...
LOC. - que falta também /já que você falou isso é que falta... o que falta também é um pouco de geografia humana ... distribuir as populações de um modo mais sensato ... com o governo planejando para eles ... fornecimento de energia adequada para cada região ...
DOC. - ( )
LOC. - com as alternativas que se oferecem ... de ... ah... fontes de energia tem adequadas para cada região ... o Brasil tem muita dependência ... na ... produção de energia ( ) ... que não favorece ... a distribuição das populações ...
DOC. - e sobre as viagens ... comparando com o Brasil ...
LOC. - bom ... cada país tem a produção de energia que pode ... por exemplo na ... na ... Nova Zelândia ... pra tomar um exemplo recente ... na Nova Zelândia ... no Norte da Nova Zelândia elas não têm a preocupação de ... com qual alternativa ... resolverão o problema deles ... porque eles têm as regiões geotérmicas ... então ... é a energia geotérmica ... eh ... eles têm reservas de carvão ... de carvão ... então têm produção de energia térmica ... ah ... a Austrália tem muito carvão ... também produz energia térmica ... aliás de ... observando do ( ) ... se notam as geradoras ... ou melhor ... os geradores ... próximos a cada cidade ... quase sempre de energia térmica ... no entanto ... todos dois países ... tanto a Nova Zelândia como a ... a Austrália estão levando a sério a pilha combustível ... que ... está sendo ensinada ... essa disciplina na Universidade sobre a pilha combustível ... e ... o que eu como especialista de eletroquímica e que já tive projeto ... de produção de protótipo de pilha combustível pude observar é que ambos os países vão estragar a terminologia há tempo ... hein ?
DOC. - e o nosso ?
LOC. - o Brasil ... nos anos setenta e três ... que foi o ano de ... pico da preocupação com a ... falta de petróleo ... ou melhor a queda do petróleo ... das reservas de petróleo ... teve um surto de pesquisa em alternativas ... com a ( ) instalaram os moinhos de vento em Fernando de Noronha e pensaram que o problema estava resolvido ... no Nordeste há regiões de vento permanente ... que não têm esses geradores ... poderiam ter a pilha combustível ... receber ... e projetar ... receber financiamento ... de duas entidades ... a FINEP ... financiou um projeto em São Carlos ... para um protótipo de um ( quilowatt ) ... e o FITEL do Banco do Brasil financiou o meu projeto ... de pilha alcalina ... a de São Carlos pilha ácida ... tanto o grupo de São Carlos como o meu grupo chegaram ao protótipo depois houve um recesso de financiamento ... de interesse pela pilha combustível ... porque ... quando se encontra um posto de petróleo ... há uma euforia ... então pensam que o problema está sendo resolvido o que eu tenho a dizer como especialista em produtos de geração em energia ... é ... que o planeta ... leva milênios para gerar o petróleo ... o homem ... usa o petróleo ... com processo térmico nos carros ... com ... a melhor perspectiva de ... eficiência ... de vinte e dois por cento ... portanto ... cerca de oitenta por cento do petróleo estão sendo jogados fora ... do tráfego do Rio de Janeiro não se pode pen/pensar em mais do que oito por cento de eficiência ... mais de noventa por cento do petróleo estão sendo desperdiçados ... isso ... com isso ... com isso eu espero ter transmitido o que é a perspectiva do uso do petróleo ... como fonte de energia ... para o transporte ... que foi o tema ...