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PROJETO NURC-RJ

AMOSTRA COMPLEMENTAR:
Inquérito 15 (feminino / 27 anos)
Tema: Vida social e diversão
Local/Data: Rio de Janeiro, 24 de junho de 1996
Tipo de Inquérito: Diálogo entre informante e Documentador
Documentador: M L S


DOC. - você tem muitos amigos? como é que é tua vida social? como é que é teu grupo de pessoas? costuma sair muito? eom muitas pessoas? e pra onde você....
LOC. - bom... não tenho muitos amigos aqui no Rio...
DOC. - não...
LOC. - não tenho... e quase não saio... quando eu saio... normalmente eu vou ao cinema... ou então eu vou ao teatro... ou vou... ao shopping.
DOC. - (você gosta?)
LOC. - normal/ normalmente é um desses... desses três lugares que eu vou... cinema...teatro... shopping... de vez em quando eu vou a fe/ ah... também eu vou muito no... nas reuniões de Rotary... também nas reuniões sociais do Rotary... eh... é... o clube... aí lembrando agora do Rotary... lá tem bastante gente... né e tal... a gente conversa muito... normalmente são o almoço e os jantares... e a gente passa o dia inteiro... quando assim... a gente faz né... a gente faz normalmente num sábado ou num domingo... e a gente se reúne e fica o dia inteiro ali... fora isso... uma vez por semana eu almoço com outras pessoas do Rotary... né... sempre... toda semana...e tirando eles (viu)... só mesmo cinema... shopping e... e teatro... aí..
DOC. - (?) sozinha? em grupos...
LOC. - não. sempre eu e o Ângelo... eu e meu marido... (sempre)
DOC. - (Vão com casais?)
LOC. - não... não vamos não...
DOC. - e lá? lá em Cambuquira?
LOC. - ah... Cambuqui/ era difícil sair só... só duas pessoas... lá em Cambuquira não tinha muito porque... eu acho que é porque a cidade é muito pequena e não tinha nada pra fazer... então pra aparecer alguma coisa... as pessoas tinham que se reunir em qualquer lugar de alguma forma né? então dificilmente saíam só duas pessoas... normalmente era em grupo... que a gente... ia pra barzinho em grupo ou então ia pra outra cidade... ia pra um show... mas normalmente sempre em grupo...
DOC. - (?)
LOC. - não... TER nunca tinha... mas a gente sempre dava um jeito de criar alguma coisa... no... no mínimo ficava em casa vendo televisão... comendo pipoca... assistia até jogo na televisão por falta do que fazer na cidade né? mas sempre... sempre se reunindo com alguém ...eu ia pra casa de alguém que tinha piscina... ou totó... qualquer joguinho mesmo... desses de imaginação... ficar fazend isso...
DOC. - e vai sempre em grupo?
LOC. - sempre em grupo... sempre em grupo...
DOC. - você sente muita diferença nas atividades de lá e daqui? (?)
LOC. - é... o ideal é que houvesse um pouquinho dos dois né... por que por... lá por exemplo eu me sentia... aqui é bom... eu gosto muito porque aqui tem cinema... tem teatro né... eu adoro teatro... e lá não tinha... lá tinha ... teatro era pracinha de colégio uma vez por ano... final do ano... alguma coisa assim desse tipo né...normalmente não tinha nada... mas... por outro lado... aqui a gente não tem aquele convívio que a gente tinha com as pessoas lá né? era uma coisa mais... mais aberta... aqui as pessoas são muito fechadas... é... assim depois que você entra no grupo... é tudo mais fácil né... e aqui não... aqui a gente fica nessa de shopping, cinema, teatro... às vezes barzinho... aí é chato... porque só duas pessoas né... é bem chato...
DOC. - e vocês lá em Cambuquira... não tinha cinema... não tinha teatro?
LOC. - não... lá não tem cinema... não tem teatro... a cidade mais próxima que é Três Corações...o cinema virou Igreja Universal... aí pra ir ao cinema a gente tinha que ir à Varginha mas são quarenta quilômetros de Cambuquira da Varginha... então não é... não era sempre que dava pra ir né... porque é longe... depois você voltar de lá à noite dirigindo... a estrada não é muito boa... não é bem sinalizada... né...aí não... era difícil a gente ir... pra falar a verdade... eu acho que eu nunca fui ao cinema em Varginha... morei lá cinco anos e acho que nunca fui ao cinema lá...
DOC. - (?)
LOC. - os shows eram em Varginha ou em Três Corações... de qualquer maneira... a gente tinha que sair de Cambuquira... no Cambuquira não acontecia nada... Três Corações tinha shows no ginásio... quadra esportiva de lá... aí os cantores vinham daqui do Rio... de São Paulo fazer os showslá... mas como eu estudava lá né... ficava fácil... em Varginha também... em Varginha também tinha... shows assim uma ou duas vezes ( três vezes ) por ano... shows bons né...
DOC. - você... (?)
LOC. - não... ãh... a minha faculdade... a... a minha faculdade era uma continuação do exército... porque lá tem a (?) né... e o... presidente da minha faculdade era militar e o coordenador do meu curso era militar... os meus professores eram militares... então o único evento que eles permitiam que a faculdade participasse era da feira de exposições que era em agosto... feira de gado né... exposição rural... feira... feira rura/ rural, que era em agosto... aí... a faculdade tinha uma barraquinha lá... mas mesmo assim era super controlado pelo... coordenador do curso... ele ficava no pé pra caramba... ele anotava o nome de quem ia de quem não ia... tinha tal... lá um tal de caderninho que era a lista negra... então se ele saísse e visse o aluno lá num barzinho sentado... já ia o nome dele pro caderninho... ele pegava no pé o resto do curso.... Então a faculdade não se movia... nada nesse sentido... nem a nível cultural... nada... nada... nada... nada.
DOC. - (?)
LOC. - é bem militar...
DOC. - (?)
LOC. - não... a faculdade lá em Três Corações... era Fundação Tricordiana de Educação... então... lá tinham várias faculdades... faculdade de odontologia... faculdade de letras... psicologia... filosofia... história... uma porção de faculdades...
só que todas da Fundação Tricordiana... então... o presidente era um só e não havia esse intercâmbio do nosso curso com outros cursos... o... o nosso curso era assim... um curso... os outros cursos entre si até... havia... mas o nosso curso não... era um regime muito fechado com relação ao curso de odontologia... e... as outras faculdades das outras cidades também não tinham contato nenhum com a gente...
DOC. - (?)
LOC. - não... não... vi (?) do Rotary aqui no Rio até mesmo por causa disso... porque não saía né... não tinha... eh... vida social realmente... aí eu entrei pro Rotary... porque lá tem muita gente... e lá toda hora tem um inventando alguma coisa... toda semana a gente...
DOC. - (?)
LOC. - ah... agora em jun... em junho... por exemplo... teve uma convenção em outra cidade... então vai... eh... vai Rotary do Rio de Janeiro todo... pra estas cidades que são de Friburgo... aí lá... a gente acaba conhecendo gente assim... de tudo que é canto do Rio né...que a gente nem imaginava conhe/ pudesse conhecer... às vezes gente até que mora perto da gente... aí é o maior (tumulto)... e é... todo mundo ali... aí... promovem palestras durante o dia né... dessa vez foi pales/ palestra com o ministro Dorneles... foi palestra com a Denise (?) palestra com o Paulo Goulart... com pessoas da sociedade né... a Denise é advogada né... a respeito do... o ministro Dorneles foi basicamente a respeito da política né... a Denise a respeito da injustiça das mudanças que estão havendo nas leis né... e o Paulo Goulart falou sobre família...
DOC. - com relação ao Rotary... qual é alguma das atividades... fora palestras... que vocês costumam fazer juntos?
LOC. - juntos?
DOC. - ou separados... alguma das atividades...
LOC. - ó... aí... então... nessa... nessa vez em Friburgo... durante o dia eram palestras... e a noite... tinha baile né... tinha eh... jantar de confraternização... e sempre todo mundo junto né... Aí... às vezes... tem final de semana por exemplo... final de semana retrasado... teve uma reunião na casa dum companheiro... aí passa o clube... o nosso clube... era uma reunião só do nosso clube... aí passa o nosso clube lá todo o dia inteiro... lá brincando... conversando né.. resolvendo algumas coisas também que tinham que ser resolvidas né... e nesse domingo agora... teve um (fórum) na casa de um outro companheiro de um outro clube... aí nesse caso já foram três clubes... foi o meu clube... e mais três outros clubes... ao... ao... na verdade foram quatro clubes né... só que aí nesse caso foi uma palestra a ser... eh... a respeito de serviços que a gente tem que prestar à comunidade né... que tinha algumas coisas pendentes ainda pra resolver... e depois então... que chegou-se à conclusão do que seria feito por essas quatro comunidades... teve a confraternização... que se... que... aí é brincadeira né... a gente fica conversando... tem música... bate-papo... é isso...
DOC. - e mas... vocês vão pra lugares fora deste centro... vocês vão pra casa das pessoas...?
LOC. - é... nós vamos pra casa das pessoas... às vezes nós nos reunimos em restaurantes... às vezes em clubes...
DOC. - não se restringe à...
LOC. - a... um lugar não... não... os almoços são sempre no mesmo lugar... até pra poder facilitar as pessoas que venham visitar o clube... de saber onde estamos... então o almoço toda quarta-feira é sempre no mesmo lugar... agora... as palestras... as convenções... os fóruns... não... aí a gente elege um local... que esse ano foi em Friburgo... ano que vem já foi determinado que vai ser em Caxambu... a próxima convenção... e cada vez é num lugar...
DOC. - e é no centro... as convenções?
LOC. - é num hotel... num hotel de convenç/ que tem no centro de convenções bem grande lá... aí... mesma coisa... reúne todos os Rotaries do Rio... é num hotel... num hotel de convenç/ que tem no centro de convenções bem grande lá... aí... mesma coisa... reúne todos os Rotaries do Rio de Janeiro e vão pra Caxambu... e passam uma faixa de três a quatro dias lá né... e... mas... fora isso os fóruns... sempre é na casa de alguém... cada vez vai ser na casa de um...
DOC. - e vocês combinam assim de ir ao cinema?
LOC. - ah... tem o tal do clube do uísque do qual eu não faço parte porque eu detesto uísque... então as pessoas toda sexta-feira vão pro clube do uísque... ficam lá de noite até tarde... batendo papo...
DOC. - hum... mas só vai quem bebe?
LOC. - não... vai quem quer. Só que eu não gosto de uísque, eles ficam lá bebendo uísque... bebendo uísque... bebendo uísque... daqui a pouco está todo mundo bêbado. Aí eu não vou. Eu prefiro ir no... nos outros. Mas fora isso, a gente às vezes se reúne pra ir à cinema... junta dois ou três vai pro cinema. Ou tem uma festinha, aí chama vai também entendeu? Eventos assim de... de shows... tipo no Metropolitan. Aí junta todo mundo e vai pra lá...(?)... ahã... vai pra lá.
DOC. - com relação a cinema... qual o tipo de filme preferido?
LOC. - comédia... comédia... sempre comédia... não gosto de ver filme de guerra porque eu fico tensa o tempo todo... já basta a tensão nervosa que eu passo no meio da rua... não gosto de romance nem drama porque a gente chora do início ao fim... e... normalmente eu já choro todo dia... então eu não vou chorar também no cinema né? eu quero um negócio que me faça rir bastante...(?) o meu fígado... então eu só vou pro cinema pra assistir comédia...
DOC. - e teatro também?
LOC. - teatro? não... teatro não... teatro já é mais difícil você... assistir só comédia ou assistir só né... uma coisa assim... mesmo porque... o teatro eles pincelam um pouquinho de cada coisa no espetáculo até mesmo pra não massacrar muito a pessoa né? mas se eu ver que é uma peça muito pesada... aí eu não vou não... estou mais pra Miguel Falabella do que pra... Fernanda Montenegro...
DOC. - e shows... tipo de música?
LOC. - ah... música tem um...um gosto bem eclético né... tem aqui desde o Renato até Nelson Gonçalves... então com relação... tirando funk eu não gosto de funk... não tem muito problema não... normalmente quando eu vou a show olha... eh... showassim ... bem popular mesmo... tipo Lulu Santos...eh... Engenheiros do Havaí... Titãs... os outros shows... das músicas que... dos cantores que eu gosto... já é mais difícil ter... ter aqui no Rio... lá em Minas gerais era mais fácil eu ir... por exemplo... à show de ... agora esqueci o nome dele... aquele de olhinho azul...
DOC. - Flávio Venturini?
LOC. - Flávio Venturini... esse pessoal... eh... Marcelo Borges...(Lô Borges)... então é mais fácil ter lá. Aqui... eu nunca vi o Flávio Venturini fazer um show aqui no Rio... o (Lô Borges) nunca vi. e... mas tem também o... por exemplo... o Caetano Veloso eu não gosto não... eu acho aquela voz dele muito chata... eu gosto das letras dele... mas não gosto da voz dele... Chico Buarque também nem pensar porque eu detesto Chico Buarque cantando... parece um bêbado no microfone... não gosto também... gosto muito do que ele escreve... acho muito bonito... mas não gosto dele cantando... aí fica mais difícil... aí só dá pra ir à o que mesmo hein? assim... música bem popular mesmo né? (Lulu Santos) gente que... show que... eu possa sair pra gritar... pular... fazer bagunça... entendeu? aí eu estou... eu vou....
DOC. - você tem ido?
LOC. - fui... fui... o último que eu fui foi lá no Metropolitan... fui ver o show do Ney Matogrosso... só que ele estava calminho... não estava agitado... fiquei tão triste... eu gosto de ver ele rebolando... e fui ver o show também do... Jô Soares no Metropolitan... ri demais.... tem um... tem uma peça... um... um pedaço do show dele que ele fala da cadeira de dentista... ele fala do dentista que é igualzinho o que acontece no consultório... mesma coisa... e o do Lulu Santos... o último de cantor que eu vi foi o do Lulu Santos lá no Metropolitan...
DOC. - e... você gosta de show de humor?
LOC. - gosto... humor inteligente eu gosto... fui no Nelson da Capitinga não gostei... fui naquele... Ari... Ari Toledo... Ari Toledo foi bom... eles têm umas piadas inteligentes... você tem que parar pra pensar... pra depois achar graça... gosto sim... o Nelson da Capitinga eu não gostei não... eu achei ele muito indecente... só fala bobagem... aí eu não gostei não... não é inteligente... não é um show inteligente... não é um humor inteligente... é... (?)... eu não gosto... e o Jô Soares eu...
DOC. - você pode fazer uma comparação? tipo de shows... tipo de piadas...
LOC. - é... o... é... por exemplo... o Nelson da Capitinga... ele interpretava vários personagens né... se vestia de mulher... se vestia de velho... disso... daquilo... o Jô Soares era O Jô Soares contando várias situações né... e o Ari Toledo era ele com um violão contando piada... só que coisas inteligentes não... coisas bobas... sem nexo..(?) demais.
DOC. - (?)
LOC. - tinha... tinha sim... foi até lá que eu vi o Nelson da Capitinga... o Ari Toledo... eu vi lá... aqui no Rio eu só vi foi o Jô Soares... Carvalhinho... Ari Fontoura... eu acho que só...
DOC. - (?)
LOC. - você quer que eu faça uma comparação... que eu diga o que era melhor?
DOC. - (?)
Ó... lá... a diversão lá um Cambuquira era basicamente você reunir as pessoas... ir pra um lugar e lá você dá um jeito de fazer alguém virar palhaço pra você rir né... com os teus amigos né... todo fim de semana... às vezes até mesmo durante a semana né... e aqui no Rio não tem isso... aqui no Rio você tem que sair de casa... você tem que ir pra um shopping... você tem que ir pro cinema né... então às vezes eu prefiro lá... mas lá eu sentia muita falta do cinema... do teatro... que lá não tinha nada a esse nível... quando chegava algum filme lá... era filme que já tinha passado aqui na cidade um tempão... e não era na cidade né? então essa comodidade de você ter eh... um cinema perto... um teatro perto... um shopping onde você possa fazer tudo isso como lá perto de casa tem... eu vou ao cinema de tarde... vou ao teatro de noite... saio do teatro e janto... tudo no mesmo lugar... eu acho muito cômodo... muito prático né? e lá mesmo você querendo reunir alguém você combina lá... no tal lugar... tal hora e vai todo mundo junto pro cinema... vai todo mundo junto pro teatro... depois vai todo mundo junto dançar... ou jantar né... alguma coisa assim... então aqui eu acho melhor por isso... lá era meio entediante... porque você sempre fazendo a mesma coisa... sempre a mesma coisa... sempre as mesmas pessoas ... ficava até meio entediante... chega ima hora em que não adianta você fazer graça com ninguém porque não tem mais... né... aí... eu acho que a cidade assim tipo... Rio de Janeiro... que tem mais opções melhor nesse ponto... bem melhor...
DOC. - você mantém contato com alguma dessas pessoas com quem você saía?
LOC. - lá? ah... tem... tem às vezes corresponde... não porque... eu estou no Rio... uma outra foi pra São Paulo... a outra está lá ainda... mas pra ir... foi um pra cada canto né... Tem gente em (?).. tem gente em... Astolfo Dutra em... Governador Valadares... tem gente que foi até pra Tocantins... então fica difícil... né... fica muito difícil da gente se reunir de novo... nós nos reunimos mais ou menos o mesmo grupo... uma vez em agosto numa feira de exposições que teve em Três corações... aí nós nos reunimos... mas depois disso nunca mais ninguém conseguiu reunir... ah... foi legal... foi maior bagunça... a... aí reunimos todo mundo na feira.... foi todo mundo na exposição de gado junto... na feira de exposições em Três Corações... aí depois nós fomos pra barraca da faculdade de odontologia onde eu estudava... aí juntou o pessoal da faculdade com o pessoal de lá né... ficou junto... sempre tem um com um violão né...(?) né... é legal... tinha show também de música sertaneja nesse dia... acho que com Leandro e Leonardo... sei lá... nem lembro...
DOC. - você acha que o seu gosto por música acabou sendo influenciado pela sua (?)
LOC. - é...foi... eu acho que foi... porque antes de eu sair do Rio eu não suportava música sertaneja... só que quando uma vez eu fui pra São Paulo com uma amiga minha... tinha uma estação... tem uma estação no interior de São Paulo que chama-se Zebu... rádio Zebu... e ela toca música sertaneja da hora que abre a programação até a hora que fecha... e... por acaso... era justamente essa rádio que as pessoas ouviam lá... então eu tive que aprender a gostar de música sertaneja...não tinha como... ou eu passava o dia inteiro num mau humor gritante por causa da música ou eu entrava na dança e passava a cantar a música junto... aí eu... fui acostumando o ouvido... acostumando o ouvida... hoje eu escuto numa boa... não tenho nada contra não.